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segunda-feira, 28 de julho de 2014

O divino escreve mistérios

Kinuko Graft
O divino escreve mistérios espirituais em seu coração,
Onde eles esperam silenciosamente
por serem descobertos
Você aprende com a leitura,
Mas a compreensão vem com o Amor.

Jalaludin Rumi (1207-1273)

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Sou as partículas de pó

Tatiana Clauzet

Sou as partículas de pó à luz do sol,
sou o círculo solar.
Ao pó digo: "não te movas",
e ao sol: "segue girando".

Sou a névoa da manhã
e a brisa da tarde.
Sou o vento da copa das árvores
e as ondas contra o penhasco.

Sou o mastro, o leme, o timoneiro e a quilha
e o recife de coral em que naufragam as embarcações.
Sou a árvore em cujo galho tagarela o papagaio,
sou silêncio e pensamento, e também todas as vozes.

Sou o ar pleno que faz surgir a música da flauta,
a centelha da pedra, o brilho do metal.
Sou a vela acesa e a mariposa
girando louca ao seu redor.
Sou a rosa e o rouxinol
perdido em sua fragrância.

Sou todas as ordens de seres,
a galáxia girante,
a inteligência imutável,
o ímpeto e a deserção.
Sou o que é
e o que não é.

Tu, que conheces Jalal ud-Din.
Tu, o Um em tudo,
diz quem sou.
Diz: eu sou
Tu.

Jalaludin Rumi (1207-1273)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Jalal Ud-Din Rumi

Valeriy Chuikov - Lilac

Já é tarde, muito tarde.
O sol já desceu o poço.
Mas a Beleza desponta,
No brilho claro da lua.

De noite as almas avançam
A cumprir os seus destinos.
Quem souber essa verdade,
Tem a alma transparente.

Qual abelha, tua alma
É invisível. Mas olha,
Olha a colmeia
Cheia de mel.

Olha teu corpo,
Como é pequeno.
Mas tua alma,
Maior que os céus.

Noite após noite, a alma
Em sonhos se dissolve.
E a cada sonho, a alma
Abeira-se da Forma.

És alma da verdade,
Ó sonho de meus sonhos.
És forma sublimada,
E mais não sei dizer.

Jalaludin Rumi (1207-1273)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Atenta para as sutileza

“Atenta para as sutilezas
que não se dão em palavras
Compreende o que não se deixa
capturar pelo entendimento”.

Jalaludin Rumi (1207-1273)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Poema

Josephine Wall
Quem terá visto algo que em realidade existe,
mas não se manifesta?
Quem terá visto o que se manifesta no coração,
mas não repousa nos lábios?
Quem terá visto aquele que é a realidade do mundo,
mas não se encontra no mundo?
Quem terá visto na existência e na
não-existência uma tal não-existência?

Jalaludin Rumi (1207-1273)

sábado, 24 de abril de 2010

Alguém bateu à porta da Bem-Amada

Amanda Cass
Alguém bateu à porta da Bem-Amada,
e uma Voz lá de dentro perguntou:
- Quem está aí?
E ele respondeu - Sou eu.
A Voz então disse:
- Esta casa não conterá nós dois.
E a porta continuou fechada.
Então o Amante foi para o deserto e na solidão jejuou e orou.
Retornou depois de um ano e bateu novamente à porta.
E de novo a Voz perguntou:
- Quem é?
E o Amante respondeu:
- És tu mesma!
E a porta lhe foi aberta.

Jalaludin Rumi (1207-1273)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Em cada coração há uma janela para outros corações

Alfred Gockel
“Em cada coração há uma
janela para outros corações.
Eles não estão separados,
como dois corpos.
Mas, assim como duas lâmpadas
que não estão juntas,
Sua luz se une num só feixe”.

Jalaludin Rumi (1207-1273)

domingo, 4 de abril de 2010

Se busco meu coração

Brenda Burke
Se busco meu coração, o encontro em teu quintal,
Se busco minha alma, não a vejo
a não ser nos cachos de teu cabelo.
Se bebo água, quando estou sedento
Vejo na água o reflexo do teu rosto.

Jalaludin Rumi (1207-1273)