Mostrando postagens com marcador Sandro Botticelli. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Sandro Botticelli. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 18 de junho de 2015

As maiores Declarações de Amor da Literatura Universal

Sandro Botticelli
A literatura, enquanto manifestação artística, é uma das formas mais belas de expressão da essência humana. O amor, quando agracia os humanos com sua bênção, geralmente deixa marcas e experiências para a vida inteira.
Abaixo, a lista baseada no número de citações e uma pequena amostra do amor incendiário dos personagens selecionados.
Carta a D. - André Gorz
(De André Gorz para Dorine Keir)
Você está para fazer oitenta e dois anos. Encolheu seis centímetros, não pesa mais do que quarenta e cinco quilos e continua bela, graciosa e desejável. Já faz cinquenta e oito anos que vivemos juntos, e eu amo você mais do que nunca. De novo, carrego no fundo do meu peito um vazio devorador que somente o calor do seu corpo contra o meu é capaz de preencher. Eu só preciso lhe dizer de novo essas coisas simples antes de abordar questões que, não faz muito tempo, têm me atormentado. Por que você está tão pouco presente no que escrevi, se a nossa união é o que existe de mais importante na minha vida?
Primo Basílio - Eça de Queiroz
(De Basílio para Luísa)
Que outros desejem a fortuna, a glória, as honras, eu desejo-te a ti! Só a ti, minha pomba, porque tu és o único laço que me prende à vida, e se amanhã perdesse o teu amor, juro-te que punha um termo, com uma boa bala, a esta existência inútil. E Luísa tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante.
Dom Quixote - Miguel de Cervantes
(De Dom Quixote para Dulcinéia)
Ó Dulcinéia del Toboso, dia da minha noite, glória da minha pena, norte dos meus caminhos, estrela da minha ventura (assim o céu te depare favorável em tudo que lhe pedires!), considera, te peço, o lugar e o estado a que a tua ausência me conduziu, e correspondas propícia ao que deves à minha fé! Ó solitárias árvores, que de hoje em diante ficareis acompanhando a minha solidão, dai mostras com o movimento das vossas ramarias de que vos não anoja a minha presença! Ó tu, escudeiro meu, agradável companheiro em meus sucessos prósperos e adversos, toma bem na memória o que vou fazer à tua vista, para que pontualmente o repitas à causadora única de tudo isto!
Romeu e Julieta -William Shakespeare
(De Julieta para Romeu)
Meu inimigo é apenas o teu nome. Continuarias sendo o que és, se acaso Montecchio tu não fosses. Que é Montecchio? Não será mão, nem pé, nem braço ou rosto, nem parte alguma que pertença ao corpo. Sê outro nome. Que há num simples nome? O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume. Assim Romeu, se não tivesse o nome de Romeu, conservara a tão preciosa perfeição que dele é sem esse título. Romeu, risca teu nome, e, em troca dele, que não é parte alguma de ti mesmo, fica comigo inteira.
Lolita -Vladimir Nabokov
(Humbert sobre Dolores Haze)
Lolita, luz de minha vida, labareda em minha carne. Minha alma, minha lama. Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três saltos pelo céu da boca para tropeçar de leve, no terceiro, contra os dentes. Lo. Li. Ta. Pela manhã ela era Lô, não mais que Lô, com seu metro e quarenta e sete de altura e calçando uma única meia soquete. Era Lola ao vestir os jeans desbotados. Era Dolly na escola. Era Dolores sobre a linha pontilhada. Mas em meus braços sempre foi Lolita. Será que teve uma precursora? Sim, de fato teve. Na verdade, talvez jamais teria existido uma Lolita se, em certo verão, eu não houvesse amado uma menina primordial.
Os Sofrimentos do Jovem Werther - Johann Wolfgang von Goethe
(Werther sobre Carlota)
Hoje não pude ir ver Carlota, uma visita inesperada me segurou em casa. Que havia a fazer? Mandei o meu criado ao encontro dela, só para ter junto de mim alguém que tivesse estado em sua presença. Com que impaciência o esperei, com que alegria tornei a vê-lo! Não tivesse vergonha e teria me atirado ao seu pescoço e coberto seu rosto de beijos. Falam que a pedra de Bolonha, quando exposta ao sol, absorve seus raios e reluz por algum tempo durante a noite. Dava-se o mesmo comigo e aquele rapaz. A lembrança de que os olhos de Carlota haviam pousado em seu rosto, em suas faces, nos botões de sua casaca e na gola de seu sobretudo, tornava-o tão querido, tão sagrado para mim!
A Trégua - Mario Benedetti
(Martín Santomé sobre Avellaneda)
Ah, os velhos tempos em que Avellaneda era só um sobrenome, o sobrenome da nova auxiliar (faz apenas cinco meses que anotei: A mocinha não parece ter muita vontade de trabalhar, mas pelo menos compreende o que a gente explica), a etiqueta para identificar aquela pessoinha de testa ampla e boca grande que me olhava com enorme respeito. Ali estava ela agora, diante de mim, envolta em sua manta. Não me lembro de como era ela quando me parecia insignificante, inibida, nada além de simpática. Só me lembro de como é agora: uma deliciosa mulherzinha que me atrai, que me alegra absurdamente o coração, que me conquista.

Fonte:
Revista Bula: ( Por Carlos Willian Leite )

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Esperanças e Dúvidas

Sir Lawrence Alma-Tadema - The Discourse
Sandro Botticelli - A Lady and Four Allegorical
Independentemente da época as esperanças ou dúvidas, a pintura é sempre sobre pessoas: toda arte é sempre sobre pessoas. Experiência humana é o referente uma constante e inevitável em qualquer trabalho criativo. Mesmo um pedaço de música que imita o canto dos pássaros ou uma tempestade está a impor uma interpretação humana sobre essas coisas.
Quando uma paisagem é preenchida apenas com montanhas e fendas profundas, ele sugere um estado de espírito humano, e quando o retrato de um pesadelo mostra beligerantes cores e formas sombrias, ela também fala de uma compreensão humana para outra.
Figuras de Romanos que Alma-Tadema pinta e donzelas celestiais de Botticelli em grande estilo, são mundos distantes de hoje, mas todas essas formas chamam-nos a entrar e quase podemos ouvi-los. Elas nos fazem sentir que a vida é importante.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Caminhos opostos

Sandro Botticelli - Regreso de Judit
Sou o destino
antes do princípio
ou depois do fim,
com cheiro de antigamente
rompendo névoas,
revestindo de couraças
a imutável eternidade

Esqueço meus passos medrosos
batendo nas asas da liberdade,
a incerteza revelada
de um tempo sem cor
da espera sem dor

Tudo é hipotético
nos dias avulsos que marcam
a casualidade transbordante
abarcando caminhos sem dores
sem acenos, até o nada!

Conceição Bentes

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Inicia-se a Primavera

Primavera - Sandro Botticelli
Vai embora, inverno...
Leva contigo o frio,
a solidão, a saudade
e deixa vir a primavera
vestir a terra de flores,
de verde, vida e cores.

Vem, primavera:
contigo renasce a vida,
brota de novo a poesia,
renova-se a esperança.

Vem, primavera:
lança sobre nós o sol,
raio de luz, força e cor,
essência de vida de nós,
pequenos filhos da terra.

Vem, primavera,
e traz contigo
a flor do jacatirão...
A festa da vida recomeça
e eu te festejo, primavera!

Luiz Carlos Amorim

sábado, 20 de agosto de 2011

O mar me encanta

Sandro Botticelli - The Birth of Vênus
O mar me encanta porque tem sereias,
lindas mulheres aromais e esgalgas
de puras formas de lascívia cheias,
curvas de pombas, seduções fidalgas.

E rijos colos de azuladas velas
e verdes cabeleiras cor de algas
que tu, ó mar, esplêndido, bronzeais
e com teus beijos azulinos salgas.

Assim me encanta o mar. Porque a beleza
surgiu do mar de dentro das redondas
conchas de nácar, pérola e turquesa.

Adoro o mar porque contém Golcondas
e a doce ninfa nele vive presa
e as graças moram sobre as verdes ondas.

Sosígenes Costa (1901-1968)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

As Famílias mais importantes da História

  • A família Tudor que governou Inglaterra de 1485 e 1603, mais de um século.
  • A família dos Stuart reinou na Inglaterra e Escócia por 111 anos 1603-1714
  • A família Kennedy, a família mais célebre e influente dos Estados Unidos (século XX).
  • A família dos Médicis, sem dúvida, foi a mais importante da história. Dominaram Florença durante 300 anos.
Eleonora di Toledo Medici - Quadro de Agnolo Bronzino
Médici foi uma dinastia política italiana, inicialmente uma família de Médicos que ajudavam as vítimas da peste negra e mais tarde uma casa real por eleição do povo, cujo primeiro membro de destaque que uniu a família foi Carolimbo de Médici, que se tornou o maior Médico da Europa na época durante o século XIV. A família teve origem na região de Mugello da Toscânia, aumentando gradualmente até que eles foram capazes de fundar o Hospital Tozzi Firenze. O hospital foi o maior da Europa durante o século XV, e proporcionou grande poder político para os Medici, até que passaram a governar Florença - embora oficialmente eles fossem apenas cidadãos comuns, ao invés de monarcas. Da Casa de Médici provieram quatro Papas e, a partir de 1531, os Médici tornaram-se os líderes hereditários do Ducado de Florença. Além da política e governação, os Médici notabilizaram-se em outros campos, principalmente no mecenato. Médicis - Estavam na vanguarda da ciência, pois por ordem deles Galileu Galilei não foi executado pela Inquisição. Financiaram arquitetos, pintores, escultores e atraiu a maior quantidade de gênios por metro quadrado que o mundo já viu. Entre os séculos 14 e 16, a cidade foi palco de revoluções na cultura.
  • Na literatura: Dante Alighieri (1265-1321), Francesco Petrarca (1304-1374), Giovanni Boccaccio (1313-1375),
  • Na ciência: Galileu Galilei (1564-1642),
  • Na política: Maquiavel (1469-1527),
  • Na escultura: Donatello (1386-1466), Ghiberti (1378-1455), Michelangelo (1475-1564), Giambologna (1529-1608),
  • Na pintura: Rafael Sânzio(1483-1520), Giotto(1266-1337), Michelangelo (1475-1564), Botticelli (1445-1510), Leonardo da Vinci (1452-1519, Filippo Lippi (1406-1469),
  • Na arquitetura: Bruneleschi (1377-1446), Giorgio Vasari (1511-1574).
Retrato de Juliano de Médici- Sandro Botticelli