Gabriel Metsu
Cientistas da Universidade de Liverpool afirmaram que ler poesia é mais útil para o cérebro que livros de autoajuda, pois “a atividade do cérebro ‘dispara’ quando o leitor encontra palavras incomuns ou frases com uma estrutura semântica complexa, mas não reage quando esse mesmo conteúdo se expressa com fórmulas de uso cotidiano”. Ou seja, quem busca algum tipo de resolução, satisfação ou tranquilidade nos livros de autoajuda está fazendo isso muito errado.
A poesia é o caminho, ela provoca os sentidos e não revela uma fórmula mágica de felicidade. Livros de autoajuda pecam justamente pela falta de sensibilidade que esse gênero coloca em evidência, afinal, é só seguir certos passos que o resultado será alcançado, como se humanos fossem robôs, que podem ser consertados usando uma fórmula de matemática. É muita frieza impregnada num livro e o mais absurdo: a quantidade de pessoas que apreciam esse tipo de leitura. Estão lá, sempre na lista dos mais vendidos. Deve ser o tal sentido de urgência, tudo é para ontem, enlatado e pode ser feito no micro-ondas, até felicidade, afirmam esses livros. Já a poesia, independente do tema, é carregada de sensibilidade, provoca o inusitado, deixa o cérebro atento, revela sentimentos e nos faz descobrir outros novos.
Sabemos que o que transforma é a cultura, a arte, a educação, e isso não está presente nos livros de autoajuda. Portanto, aos leitores desse gênero literário, permitam-se novos caminhos de satisfação, felicidade e sensibilidade. Deixem-se levar pela beleza do poema, pela sonoridade de palavras bem colocadas, elas levam para o desconhecido e provocam estímulos mais duradouros.
Há um trecho no romance A Maça No Escuro (Clarice Lispector) em que um homem pergunta a uma mulher por que ela toma tantos calmantes. A resposta é: “vamos dizer que uma pessoa estivesse gritando e então outra pessoa punha um travesseiro na boca da outra para não se ouvir o grito. Pois quando tomo calmante, eu não ouço meu grito, sei que estou gritando mas não ouço”. Ou seja, o livro de autoajuda pode causar a sensação momentânea de problema resolvido, mas o grito por socorro continua lá.
A poesia é o caminho, ela provoca os sentidos e não revela uma fórmula mágica de felicidade. Livros de autoajuda pecam justamente pela falta de sensibilidade que esse gênero coloca em evidência, afinal, é só seguir certos passos que o resultado será alcançado, como se humanos fossem robôs, que podem ser consertados usando uma fórmula de matemática. É muita frieza impregnada num livro e o mais absurdo: a quantidade de pessoas que apreciam esse tipo de leitura. Estão lá, sempre na lista dos mais vendidos. Deve ser o tal sentido de urgência, tudo é para ontem, enlatado e pode ser feito no micro-ondas, até felicidade, afirmam esses livros. Já a poesia, independente do tema, é carregada de sensibilidade, provoca o inusitado, deixa o cérebro atento, revela sentimentos e nos faz descobrir outros novos.
Sabemos que o que transforma é a cultura, a arte, a educação, e isso não está presente nos livros de autoajuda. Portanto, aos leitores desse gênero literário, permitam-se novos caminhos de satisfação, felicidade e sensibilidade. Deixem-se levar pela beleza do poema, pela sonoridade de palavras bem colocadas, elas levam para o desconhecido e provocam estímulos mais duradouros.
Há um trecho no romance A Maça No Escuro (Clarice Lispector) em que um homem pergunta a uma mulher por que ela toma tantos calmantes. A resposta é: “vamos dizer que uma pessoa estivesse gritando e então outra pessoa punha um travesseiro na boca da outra para não se ouvir o grito. Pois quando tomo calmante, eu não ouço meu grito, sei que estou gritando mas não ouço”. Ou seja, o livro de autoajuda pode causar a sensação momentânea de problema resolvido, mas o grito por socorro continua lá.
Referência: Folha de São Paulo –
Ler poesia é mais útil para o cérebro que livros de autoajuda, dizem cientistas
Ler poesia é mais útil para o cérebro que livros de autoajuda, dizem cientistas
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