terça-feira, 2 de agosto de 2011

As grandes descobertas da Medicina

Medicina
Quadro no Louvre sobre Medicina
A medicina é uma das muitas áreas do conhecimento ligada à manutenção e restauração da saúde. Ela trabalha, num sentido amplo como:
  • o controle da saúde publica e ambiental,
  • a saúde animal, prevenção, controle,
  • erradicação e tratamento das doenças,
  • traumatismos ou qualquer outro agravo à integridade e bem-estar animais.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, saúde não é apenas a ausência de doença. Consiste no bem-estar físico, mental, psicológico e social do indivíduo. É um estado cumulativo, que deve ser promovido durante toda a vida, de maneira a assegurar-se de que seus benefícios sejam integralmente desfrutados em dias posteriores. Nesse contexto, diretrizes de organizações supra-nacionais compostas por eminentes intelectuais do globo relacionados à área de saúde estabeleceram um novo paradigma de abordagem em medicina. O santo patrono da Medicina é São Lucas.
1. Anatomia Humana
A anatomia Humana só começou a ser estudada na renascença. O médico belga Andreas Vesalius (1514-1564), considerado o “pai da anatomia moderna”. Foi o autor da publicação De Humani Corporis Fabrica, um atlas de anatomia publicado em 1543. Muito pouco havia sido descoberto sobre anatomia e fisiologia desde a Antiguidade, cujas descobertas foram baseadas na dissecação de animais. A falta de aulas práticas de anatomia na Universidade de Paris acabou levando Versalius, assim como Michelangelo, a frequentar cemitérios em busca de ossadas de criminosos executados e vítimas de praga.
2. A circulação sanguínea
William Harvey (1578-1657) foi um médico britânico que pela primeira vez descreveu corretamente os detalhes do sistema circulatório do sangue ao ser bombeado por todo o corpo pelo coração. Estudou Medicina na Universidade de Cambridge, onde, em 1602, se doutorou. Seus estudos inspiraram as ideias de René Descartes, que em sua "Descrição do Corpo Humano" disse que as artérias e as veias eram canos que carregavam nutrientes pelo corpo.
3. Grupos Sanguineos
Karl Landsteiner (1868-1943), imunologista e patologista austríaco, naturalizado americano, descobridor o fator sanguíneo Rh. Estudou medicina na Universidade de Viena. Por mais cinco anos estudou química em várias outras universidades europeias. Como um assistente de pesquisa no Instituto Patológico de Viena, descobriu as diferenças básicas dos diversos tipos sanguíneos humanos. Primeiro O, A e B, e um ano mais tarde, AB, criando assim o sistema de classificação sanguínea de Landsteiner ou sistema ABO. Foi professor de patologia na Universidade de Viena. No Rockefeller Institute for Medical Research, em New York City (1922), ele descobriu o fator sanguíneo Réus (Rh). Escreveu um livro The Specificity of Serological Reaction, (1936), um texto clássico da ciência da imunoquímica, e morreu em New York. Ganhou o Prêmio Nobel de Medicina ou Fisiologia (1930) pela descoberta dos grupos sanguíneos humanos, o que desenvolver a transfusão de sangue como rotina médica.
4. Anestesia
O mérito da descoberta e divulgação do éter como primeiro agente anestésico é uniformemente atribuído ao dentista William Thomas Green Morton. E a data da “primeira” intervenção cirúrgica realizada com anestesia geral induzida pelo éter 16 de Outubro de 1846. Nesse dia, às 10 horas, no anfiteatro cirúrgico do Massachusetts General Hospital, em Boston, E.U.A., o cirurgião John Collins Warren realizou a extirpação de um tumor no pescoço de um jovem de 17 anos, chamado Gilbert Abbott. O doente foi anestesiado com éter pelo dentista William Morton, que utilizou um aparelho inalador inventado por ele. A cena não foi fotografada porque o fotógrafo sentiu-se mal ao presenciar o ato cirúrgico. Mais tarde foi reproduzida num quadro do pintor Roberto Hinckley, pintado em 1882. Morton, que praticara com sucesso extrações dentárias sem dor, com inalação de éter, antevira a possibilidade da cirurgia sem dor e obtivera autorização para uma demonstração naquele Hospital. Um jovem médico de 27 anos chamado Crawford Williamson Long. Nessa altura, alguns dos efeitos particulares do éter já tinham sido notados nos EUA, tendo-se popularizado em festas ou reuniões, denominadas “ether frolics” ou “ether parties”, durante as quais a inalação.
5. A Descoberta dos Raios X
Os raios X foram descobertos em 8 de novembro de 1895, quando o físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen realizava experimentos com os raios catódicos. Raios X são basicamente o mesmo que os raios de luz visíveis. Ambos são formas de ondas de energia eletromagnética carregadas por partículas chamadas fótons. A máquina de raios-X foi eleita a melhor invenção, numa votação promovida pelo Museu de Ciências de Londres. Este aparelho ganhou dez mil dos 50 mil votos que o museu recebeu nesta eleição que propunha aos eleitores refletirem sobre o impacto das invenções ao longo dos tempos. Andy Adam, presidente do Royal College of Radiologists, mostrou-se satisfeito com o resultado, pois considera que este mecanismo revolucionou a Medicina. "A tecnologia na radiologia avançou tanto que estamos prestes a chegar à era do paciente transparente”, afirmou.
6. Teoria dos Germes
Até o século XIX os médicos não lavavam as mãos após mexer em cadáveres e isso transmitia germes. Muitas pessoas morreram, principalmente mulheres após o parto. O médico húngaro Ignaz Philipp Semmelweis (1818-1865), foi o primeiro a mostrar evidências claras sobre o processo de transmissão dos germes, principalmente a infecção hospitalar. Sugerindo lavar bem as mãos após cada procedimento. Em 1847, o jovem químico Louis Pasteur, com apenas com 26 anos de idade começou a trabalhar com pesquisas e ampliou a ideia da higienização na prevenção de doenças.
7. Vacinação
A vacina é produzida com o vírus atenuado ou morto. Este produto é injetado em pequena quantidade no paciente. O corpo reage ao vírus, e vai criando novos anticorpos adaptados ao vírus e quando a doença chega, determinada a atacar, o corpo já tem sua defesa. O problema é que as vezes o vírus sofre mutações genéticas e novas vacinas devem ser criadas nos dias de hoje. O criador da primeira vacina, contra a varíola, foi Edward Jenner. Em 1796 Jenner observou que as vacas tinham nas tetas feridas iguais às provocadas pela varíola no corpo de humanos. Os animais tinham uma versão mais leve da doença, a varíola bovina. Ao observar que as moças responsáveis pela ordenha, que comumente acabavam infectadas pela doença bovina tinham uma versão mais suave da doença, ficando imunizadas ao vírus humano, ele recolheu o líquido que saía destas feridas e o passou em cima de arranhões que ele provocou no braço de um garoto, seu filho. O menino teve um pouco de febre e algumas lesões leves, tendo uma recuperação rápida. A partir daí, o cientista pegou o líquido da ferida de outro paciente com varíola e novamente expôs o garoto ao material. Semanas depois, ao entrar em contato com o vírus da varíola, o pequeno passou incólume à doença. Estava descoberta assim a propriedade de imunização. Jenner ficou mundialmente conhecido como sendo o inventor da vacina, mas parece não ter sido o primeiro de empregar a vacinação. Afirma-se que os chineses tenham desenvolvido uma técnica de imunização anteriormente à Jenner. Eles trituravam as cascas das feridas produzidas pela varíola, onde o vírus estava presente, porém morto, e sopravam o pó através de um cano de bambu nas narinas das crianças. O sistema imunológico delas produzia uma reação contra o vírus morto e, quando expostas ao vírus vivo, o organismo já sabia como reagir, livrando os pequenos da doença.
8. Vitaminas
O nome vitamina foi criado pelo bioquímico polonês Casimir Fuks em 1912, baseado na palavra latina vita (vida) e no sufixo -amina (aminas vitais ou aminas da vida). Em 1906, o bioquímico inglês Frederick Gowland Hopkins demonstrou a existência desses fatores acessórios nos alimentos, e em 1911, o químico polonês Casimir Funk descobriu na casca do arroz um "fator anti-beriberi" (que hoje sabemos ser a vitamina B6 ou niacinamida), que era capaz de corrigir a doença experimentalmente em animais e seres humanos. Como a substância era uma amina Em 1912, depois de várias pesquisas semelhantes, ambos pesquisadores propuseram a "hipótese da deficiência de vitaminas", ou seja, que várias doenças poderiam ser causadas pela falta de uma quantidade mínima dessas substâncias. Por meio de experimentos nos quais os animais eram desprovidos de certos tipos de alimentos, os cientistas conseguiram reproduzir em laboratório o raquitismo, o escorbuto e a pelagra, e assim foram capazes de isolar e identificar as vitaminas que conhecemos hoje. Esse foi um dos mais importantes progressos da medicina em todos os tempos. Ele levou à virtual erradicação de todas essas doenças, a partir da recomendação dos médicos que fossem suplementadas as vitaminas dos alimentos normalmente consumidos (por exemplo, leite), a adoção de dietas mais balanceadas, principalmente em alimentos ricos em certos tipos de vitaminas (os de gerações mais antigas ainda se lembram do famoso óleo de fígado de bacalhau, rico em vitamina D, e que eliminou do planeta a praga do raquitismo, que afetava muitíssimas crianças, principalmente no hemisfério norte). Posteriormente surgiram os suplementos vitamínicos na forma de cápsulas e drágeas, hoje amplamente consumidos.
9. Penicilina
A penicilina surgiu de um acidente com uma das experiências de Alexander Fleming; ela foi o marco inicial da era dos antibióticos e pôde diminuir expressivamente o número de mortes causadas por doenças infecciosas. Uma das mais poderosas armas da Medicina contra as infecções foi descoberta por acaso: no mofo de uma cultura de bactérias que estragou uma pesquisa. Alexander Fleming, bacteriologista do St. Mary's Hospital, de Londres, vinha já há algum tempo pesquisando substâncias capazes de matar ou impedir o crescimento de bactérias nas feridas infectadas. Essa preocupação se justificava pela experiência adquirida na Primeira Grande Guerra (1914-1918), na qual muitos combatentes morreram em consequência da infecção em ferimentos profundos. Fleming identificou o fungo Penicilium, donde deriva o nome de penicilina dado à substância por ele produzida. Fleming passou a empregá-la em seu laboratório para selecionar determinadas bactérias, eliminando das culturas as espécies sensíveis à sua ação. A descoberta de Fleming não despertou inicialmente maior interesse e não houve a preocupação em utilizá-la para fins terapêuticos em casos de infecção humana até a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939. Em 1940, Sir Howard Florey e Ernst Chain, de Oxford, retomaram as pesquisas de Fleming e conseguiram produzir penicilina com fins terapêuticos em escala industrial, inaugurando uma nova era para a medicina - a era dos antibióticos. Alguns anos mais tarde, Ronald Hare, colega de trabalho de Fleming, tentou, sem êxito, "redescobrir" a penicilina em condições semelhantes às que envolveram a descoberta de Fleming. Após um grande número de experiências verificou que a descoberta da penicilina só se tornou possível graças a uma série inacreditável de coincidências, quais sejam: - O fungo que contaminou a placa, como se demonstrou posteriormente, é um dos três melhores produtores de penicilina dentre todas as espécies do gênero Penicilium; - O fungo contaminante teria vindo pela escada do andar inferior, onde se realizavam pesquisas sobre fungos; -O crescimento do fungo e dos estafilococos se fez lentamente, condição necessária para se evidenciar a lise bacteriana; - No mês de agosto daquele ano, em pleno verão, sobreveio uma inesperada onda de frio em Londres, que proporcionou a temperatura ideal ao crescimento lento da cultura; - A providencial entrada do Dr. Pryce no Laboratório permitiu que Fleming reexaminasse as placas contaminadas e observasse o halo transparente em torno do fungo, antes de sua inutilização. Apesar de todas essas felizes coincidências, se Fleming não tivesse a mente preparada não teria valorizado o halo transparente em torno do fungo e descoberto a penicilina.
10. Sulfa
As sulfonamidas são um grupo de antibióticos sintéticos usados no tratamento de doenças infecciosas devidas a microorganismos. Sulfonamida - O Primeiro Antibiótico eficaz a ser utilizado Em 1935, Domagk, médico alemão, conseguiu sintetizar o prontosil, a primeira sulfa com possibilidade de uso terapêutico. A partir de 1940, um número elevado de derivados foi obtido — mais de 6 mil em poucos anos —, ampliando em muito o arsenal de agentes antimicrobianos. Sulfas com efeito diurético, predominante, foram também obtidas e são de uso corrente na terapêutica atual.
11. Insulina
Em 1921, os pesquisadores canadenses Frederick Banting e Charles Best isolaram a insulina em pâncreas animais, usada pela primeira vez com sucesso em 1922 por Leonard Thompson, de 14 anos. Desde então, os progressos feitos na purificação do medicamento foram ininterruptos.

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