Pablo Picasso
Há sempre um fiorde e uma ponte
em toda a vertigem humana,
e sempre essas nuvens em chama
no som da palavra horizonte.
Há sempre um fiorde, uma ponte,
dois homens de negro e o louco,
e curvas no espaço amplo e pouco,
e ser nesse andrógino instante.
Há sempre dois barcos que somem
além do fiorde e da ponte
que brumas tão rubras consomem.
E nesse grito a que ninguém responde,
há sempre esse eco bifronte,
esse espaço sem quando, esse tempo sem onde.
Cláudio Neves
em toda a vertigem humana,
e sempre essas nuvens em chama
no som da palavra horizonte.
Há sempre um fiorde, uma ponte,
dois homens de negro e o louco,
e curvas no espaço amplo e pouco,
e ser nesse andrógino instante.
Há sempre dois barcos que somem
além do fiorde e da ponte
que brumas tão rubras consomem.
E nesse grito a que ninguém responde,
há sempre esse eco bifronte,
esse espaço sem quando, esse tempo sem onde.
Cláudio Neves
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