Camille Pissarro
As asas das horas passam ligeiras
Como andorinhas riscando o ar…
Ruídos de penas de aves viageiras
Que as minhas penas vêm aumentar.
Porque no voo do tempo a vida
Passa com as horas, de braços dados.
Quanta poesia mal compreendida!
Quantos amores mal compensados!
E as horas passam levando a vida
Como andorinhas nos céus nublados.
E os rios passam levando a vida…
Tudo que corre, tudo que voa,
O vento… as águas… E, na corrida,
Quanto castelo no ar se esboroa,
Quanta esperança desiludida!
E pelos ares, angustiado
Coro de vozes longe ressoa:
“Tempo maldito! Tempo apressado!
Ventos bravios! Águas correntes!
Não corram tanto! Vão devagar!…”
E as andorinhas indiferentes
Passam ligeiras, riscando o ar…
Olegário Mariano (1889-1958)
Como andorinhas riscando o ar…
Ruídos de penas de aves viageiras
Que as minhas penas vêm aumentar.
Porque no voo do tempo a vida
Passa com as horas, de braços dados.
Quanta poesia mal compreendida!
Quantos amores mal compensados!
E as horas passam levando a vida
Como andorinhas nos céus nublados.
E os rios passam levando a vida…
Tudo que corre, tudo que voa,
O vento… as águas… E, na corrida,
Quanto castelo no ar se esboroa,
Quanta esperança desiludida!
E pelos ares, angustiado
Coro de vozes longe ressoa:
“Tempo maldito! Tempo apressado!
Ventos bravios! Águas correntes!
Não corram tanto! Vão devagar!…”
E as andorinhas indiferentes
Passam ligeiras, riscando o ar…
Olegário Mariano (1889-1958)
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