“A história, afinal de contas, não é apenas aquilo que aconteceu, mas a maneira pela qual nos apropriamos disso.” O argumento é do historiador Jaime Pinsky, na tentativa de explicar que, ao estudar o passado, o entendimento que se forma é indiscutivelmente a partir de uma ótica atual. Isso, consequentemente, pode gerar diferentes contos de um mesmo fato. Por isso, para ele, é o historiador quem consegue analisar uma grande diversidade de temas e dar, assim, a historicidade ao cotidiano. Algo que jornais e revistas, e seus profissionais, afirma, não conseguem fazer, ou não devem ter essa pretensão, já que a notícia e a história, acredita, têm conceitos extremamente diferentes. Uma ideia sustentada no livro 'Por que Gostamos de História' (Contexto, 222 págs.), recém-lançado pelo livre-docente pela Universidade de São Paulo (USP).
“Eu faço uma abordagem no livro que às vezes parece jornalística, mas é de historiador, porque dá uma dimensão histórica ao cotidiano”, diz. “Por exemplo: existe uma pequena notinha sobre o desenvolvimento da pílula anticoncepcional dentro do jornal. Diz que estão sendo feitos estudos, experiências com mulheres, e por aí vai. Mas a manchete do jornal foi sobre algum fato político que aconteceu na região, algo assim. Qual é o fato mais importante? O historiador é quem percebe qual é fato mais relevante, através de instrumentos, pela influência humana. E, no caso, seria a pílula. Isso é uma diferença de abordagem, que é diferente entre jornalistas e historiadores”, completa.
Obviamente, as diferenças existem entre um profissional e outro, até porque são profissionais com atuações, estudos e formações distintas, exatamente como acontece com os objetivos pretendidos dentro de cada ofício. Da mesma forma que, pelos mesmos motivos citados, a principal reação de um especialista dentro da sua educação é defender e apresentar o seu ponto de vista. Por isso, mesmo sem a pretensão de fazer história, a notícia sempre fará parte da história, ajudando, inclusive, na própria construção da mesma.
Por outro lado, o que Pinsky objetiva com o livro é mostrar a enorme abrangência que uma abordagem histórica pode ter. “Você pode abranger a educação, a cultura, o país em que você vive, compreender melhor o mundo, as relações familiares, estruturas de poder. Eu faço um ensaio, por meio de textos pequenos e fáceis de ler, que mostra isso”, explica o autor.
Dividido em oito capítulos — que abordam história, cultura, mundo, povos e nações, cotidiano, educação, brasil e família —, o livro é composto por artigos elaborados, selecionados e editados pelo autor. Entre os temas abordados, além da diferença entre história e notícia na visão particular dele, há assuntos como a Primavera Árabe, Barack Obama e o mensalão.
“Eu faço uma abordagem no livro que às vezes parece jornalística, mas é de historiador, porque dá uma dimensão histórica ao cotidiano”, diz. “Por exemplo: existe uma pequena notinha sobre o desenvolvimento da pílula anticoncepcional dentro do jornal. Diz que estão sendo feitos estudos, experiências com mulheres, e por aí vai. Mas a manchete do jornal foi sobre algum fato político que aconteceu na região, algo assim. Qual é o fato mais importante? O historiador é quem percebe qual é fato mais relevante, através de instrumentos, pela influência humana. E, no caso, seria a pílula. Isso é uma diferença de abordagem, que é diferente entre jornalistas e historiadores”, completa.
Obviamente, as diferenças existem entre um profissional e outro, até porque são profissionais com atuações, estudos e formações distintas, exatamente como acontece com os objetivos pretendidos dentro de cada ofício. Da mesma forma que, pelos mesmos motivos citados, a principal reação de um especialista dentro da sua educação é defender e apresentar o seu ponto de vista. Por isso, mesmo sem a pretensão de fazer história, a notícia sempre fará parte da história, ajudando, inclusive, na própria construção da mesma.
Por outro lado, o que Pinsky objetiva com o livro é mostrar a enorme abrangência que uma abordagem histórica pode ter. “Você pode abranger a educação, a cultura, o país em que você vive, compreender melhor o mundo, as relações familiares, estruturas de poder. Eu faço um ensaio, por meio de textos pequenos e fáceis de ler, que mostra isso”, explica o autor.
Dividido em oito capítulos — que abordam história, cultura, mundo, povos e nações, cotidiano, educação, brasil e família —, o livro é composto por artigos elaborados, selecionados e editados pelo autor. Entre os temas abordados, além da diferença entre história e notícia na visão particular dele, há assuntos como a Primavera Árabe, Barack Obama e o mensalão.
Jaime Pinsky lança livro que discute o papel do historiador.
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