segunda-feira, 27 de junho de 2011

Pastores da Arcádia

O mistério do quadro de Nicolas Poisson
Nicolas Poisson (1594-1665) pintor e mestre francês, conhecido pela pintura de paisagens bucólicas, se encontra ligado a um segredo que hoje é alvo de controvérsias. Em meados do século XIX, o padre Bérenger Saunière (1852-1917), quando reformava a igreja de Chateau-Sur-Rennes na França, encontrou pergaminhos antigos em latim e francês. Enviou-os a Paris e, de posse de informações sobre os mesmos, encomendou uma cópia do quadro Pastores da Arcádia de Poisson. Com a ajuda de sua governanta, Marie Dénarnaud (1868-1953), o padre empreendeu uma busca que, ao que parece, culminou em êxito, pois o religioso, em pouco tempo, enriqueceu e adquiriu muitas propriedades, colocando-as em nome de Marie, sua protegida. Intrigados, alguns superiores questionaram esse súbito enriquecimento o que o padre respondeu tratar-se de herança familiar. Posteriormente descobriu-se que o padre e Marie tiveram acesso a uma chave que levaria a um tesouro, segredo que já havia feito uma vítima: um camponês que, perseguindo uma ovelha, deparou-se com uma cova cheia de ouro e esqueletos. Não saiu de lá sem antes preencher como podia os bolsos, porém, sem responder onde havia conseguido a fortuna, foi executado como ladrão.
Os pastores da arcádia, de Nicolas Poussin
Após a morte do padre Marie Dénarnaud herdou o segredo e supostamente o tesouro, porem na Segunda Grande Guerra ficou em dificuldades quando o governo intimou os habitantes quanto à origem de suas rendas. Já idosa, contou sua aventura a um amigo prometendo informar o local da cova. Faleceu, em 1953, levando o segredo ao túmulo. Quanto ao quadro, o que se sabe é que possivelmente guarda a chave de um túmulo existente em Rennes-le-Chateau. Historiadores acreditam que todo esse mistério teria sido forjado por Bèrenger, pois o padre foi acusado de "tráfico de missas" ou doações ilícitas sendo que a ligação ao quadro e, consequentemente, ao tesouro teria sido uma engenhosa invenção.
Sabe-se, no entanto, que os templários eram muito ricos e lendas sobre tesouros abundam na região. Com certeza muito ouro e joias foram enterradas na esperança de serem de novo resgatadas já que Felipe IV deixou claro que o interesse da coroa era sobre as riquezas que acumularam.
A região de Rennes-le-château é um lugar na França de rica história e os templários possuíam castelos naquela região. Ao que conta a lenda, a congregação era depositária do nunca encontrado tesouro do Templo de Jerusalém, roubado pelos Romanos em meados do século I d.C. de valor histórico e monetário incalculável.

Fonte:
( Artes & Fatos )

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