Walter Langley - Silent Sorrow
Não há espaço para dúvidas no cristianismo. Antes fosse por conta de suas doutrinas terem sido amplamente testadas e comprovadas, mas não é bem esse o caso...
Os fiéis e seguidores das religiões cristãs não têm muito espaço dentro de suas fés para praticar o saudável hábito da dúvida, e isso porque a doutrina, a teologia ou as regras da religião, como queiram, destes e de outros sistemas de crenças incentivam o uso de artifícios retóricos vazios, frágeis e simplórios para determinar o que é verdade e o que não é, em se tratando de fatos corriqueiros do dia a dia. Em que momento, por exemplo, deus intervém em nossas vidas, para melhor, ou para pior?
Para perguntas tão complexas e que há séculos fazem os filósofos perderem o sono, adotamos respostas ridiculamente fáceis. Tomemos alguns exemplos para esclarecer: a obstetrícia é hoje um ramo da medicina muito desenvolvido. O sistema reprodutor feminino é uma maravilhosa “máquina” perfeitamente funcional para a geração de filhos. Mas é possível, é claro, que ele apresente problemas. Com a ajuda da medicina, são diagnosticados os problemas, bem como tratadas as mais complexas causas de infertilidade com as mais diversas técnicas.
Agora considere uma mulher cristã casada que queira formar uma família, mas que esteja há muitos anos tendo dificuldades e insucessos na gravidez. Sua fé a condicionou tanto ao conformismo – e o pior, tirou tanto a possibilidade de dúvida em sua cabeça – que, se ela for realmente fiel à sua crença, pensará, apesar de todos os esforços dos médicos: “se a gravidez não vier, será por vontade de deus; se vier, será um milagre de deus”. Percebem como não há o menor espaço para: “eu sempre fui tão bondosa, generosa, sempre ajudei os outros, fiz a minha parte, e deus não me contempla com um filho, enquanto outras tantas mulheres que não merecem colocam crianças no mundo para serem abandonadas?”.
É muito simples o motivo por que o cristão evita dar esse salto de qualidade de uma fé cega e conformista para um tipo de fé questionadora: ele vai começar a sentir necessidade de aplicar a dúvida aonde até há pouco tempo só haviam “certezas”. E eis que o seu mundo, inesperadamente, começa a desmoronar bem diante dos seus olhos.
É por isso que o cristianismo, desde muito cedo na história, foi moldado para extirpar a dúvida e o debate da sua doutrina, muitas vezes até de forma violenta. A obediência e não a dúvida é uma necessidade para que a igreja tenha alguma serventia na vida das pessoas.
Os fiéis e seguidores das religiões cristãs não têm muito espaço dentro de suas fés para praticar o saudável hábito da dúvida, e isso porque a doutrina, a teologia ou as regras da religião, como queiram, destes e de outros sistemas de crenças incentivam o uso de artifícios retóricos vazios, frágeis e simplórios para determinar o que é verdade e o que não é, em se tratando de fatos corriqueiros do dia a dia. Em que momento, por exemplo, deus intervém em nossas vidas, para melhor, ou para pior?
Para perguntas tão complexas e que há séculos fazem os filósofos perderem o sono, adotamos respostas ridiculamente fáceis. Tomemos alguns exemplos para esclarecer: a obstetrícia é hoje um ramo da medicina muito desenvolvido. O sistema reprodutor feminino é uma maravilhosa “máquina” perfeitamente funcional para a geração de filhos. Mas é possível, é claro, que ele apresente problemas. Com a ajuda da medicina, são diagnosticados os problemas, bem como tratadas as mais complexas causas de infertilidade com as mais diversas técnicas.
Agora considere uma mulher cristã casada que queira formar uma família, mas que esteja há muitos anos tendo dificuldades e insucessos na gravidez. Sua fé a condicionou tanto ao conformismo – e o pior, tirou tanto a possibilidade de dúvida em sua cabeça – que, se ela for realmente fiel à sua crença, pensará, apesar de todos os esforços dos médicos: “se a gravidez não vier, será por vontade de deus; se vier, será um milagre de deus”. Percebem como não há o menor espaço para: “eu sempre fui tão bondosa, generosa, sempre ajudei os outros, fiz a minha parte, e deus não me contempla com um filho, enquanto outras tantas mulheres que não merecem colocam crianças no mundo para serem abandonadas?”.
É muito simples o motivo por que o cristão evita dar esse salto de qualidade de uma fé cega e conformista para um tipo de fé questionadora: ele vai começar a sentir necessidade de aplicar a dúvida aonde até há pouco tempo só haviam “certezas”. E eis que o seu mundo, inesperadamente, começa a desmoronar bem diante dos seus olhos.
É por isso que o cristianismo, desde muito cedo na história, foi moldado para extirpar a dúvida e o debate da sua doutrina, muitas vezes até de forma violenta. A obediência e não a dúvida é uma necessidade para que a igreja tenha alguma serventia na vida das pessoas.
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