Elizabeth Parsons
O livro se inicia com uma carta de amor escrita por um remetente anônimo que assina apenas como "A.", mas que se caracteriza como uma mulher que se separou e digere esse momento através da escrita. O livro é composto por nove dessas cartas, intercaladas com nove capítulos em que elas são lidas por Marcos, um arquiteto recém-separado. Inicialmente, as cartas foram endereçadas corretamente: o nome da rua, número do prédio e do apartamento, tudo confere, mas o destinatário está incorreto. Marcos mora nesse apartamento há apenas um mês e observa que esta primeira carta é dirigida a outro que não ele, mas sua curiosidade o leva a lê-la e, depois desse primeiro contato com essa remetente misteriosa, não consegue mais se distanciar. As cartas são escritas e deixadas em sua caixa de correio diariamente, do dia dezenove de janeiro ao dia 27 do mesmo mês. Marcos se envolve com essas cartas, com o conteúdo da escrita; elas causam um impacto devastador em sua vida, transformam-se em uma obsessão e fazem com que ele enxergue claramente as diferenças entre ele e a ex-mulher e suas idiossincrasias. As cartas o levam também a dispensar Fabiane, candidata à nova namorada e, finalmente, o fazem perceber aspectos importantes da sua personalidade. Através da leitura dessas cartas, Marcos descortina o que gosta e quer de uma mulher.
E, se fosse possível, um texto que não só explicasse as palavras, mas também guiasse a tua leitura. Ali, onde havia palavras simples, banais, leia algo extremamente belo, algo inesperado, para que você volte, para que você me ame e volte. Ou, mesmo que você não me ame, que essa leitura seja também uma forma de amor. E fique essa comparação, essa esperança.
E, se fosse possível, um texto que não só explicasse as palavras, mas também guiasse a tua leitura. Ali, onde havia palavras simples, banais, leia algo extremamente belo, algo inesperado, para que você volte, para que você me ame e volte. Ou, mesmo que você não me ame, que essa leitura seja também uma forma de amor. E fique essa comparação, essa esperança.
Carola Saavedra
in: Flores Azuis. Ed. Cia das Letras
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