quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Vassourinha

A saga de Vassourinha
Ele nasceu Mário Ramos de Oliveira em 16 de maio de 1923 em São Paulo, filho de Mauro Almeida Ramos e Teresa Dias de Assunção, dados colhidos de sua carteira profissional, único registro encontrado.
Estamos no fim dos anos 30 e o panorama é o seguinte: Com a revolução de 32, o Brasil sintonizava em busca de notícias de São Paulo. Encontraram a Record. Junto com as novidades do front, os ouvintes se depararam com um grupo de novos artistas, novas vozes. Outra revolução se instalou: essas novas vozes fez São Paulo começar a arranhar no título de “capital cultural do Brasil”, que até então pertencia ao Rio de Janeiro.
Na linha de frente do escrete paulistano vinham:
* Nelson Gonçalves (1919-1998),
* Isaura Garcia(1923-1993),
* Januário de Oliveira (1902-1963),
* Agripina (1918-1979),
* Alvarenga (1911 -1978) e Ranchinho (1912-1991).
De mansinho, vinha ele, Mário Ramos de Oliveira, ou melhor, Vassourinha.
Sua história daria um filme de sucesso caso nossos cineastas fossem espertos. Vassourinha foi descoberto por um redator de textos comerciais da Record, que dizia conhecer, da pensão onde morava, “um garotinho com muito ritmo, cantor e tocador de pandeiro”. Vassourinha, que então atendia pelo nome artístico de Juracy, tinha apenas 12 anos de idade, e começou na rádio trabalhando como contínuo de dia e cantor de noite. Aos 14, começou a fazer sucesso e a dedicar cada vez mais tempo à carreira musical. Foi quando a rádio achou melhor trocar o pseudônimo do guri.
A história desse apelido é que ele, como contínuo da rádio, fazia faxina e "cantava" enquanto varria a emissora. Isaurinha Garcia ouviu-o, sugeriu o nome de Vasourinha e passaram a formar dupla cantando profissionalmente.
Em 1938, Vassourinha teve sua chance de fazer sua 1ª gravação solo em um LP. Daí começou a fazer sucesso.
Seu maior sucesso foi "Emília"
............“Quero uma mulher, que saiba lavar e cozinhar...
............E de manhã cedo, me acorde na hora de trabalhar.
............Só existe uma e sem ela eu não vivo em paz
............Emília, Emília, Emília Não posso mais”.

Ainda no Rio, Vassourinha começou a padecer de uma doença degenerativa; retornou a São Paulo e faleceu dessa doença, que nunca foi bem esclarecida, em 3 de agosto de 1942, com apenas 19 anos.
Morreu uma das maiores revelações de todos os tempos da música popular brasileira. Partiu para o anonimato, não recebeu nem um pingo de reconhecimento que tiveram artistas do mesmo quilate, como Cartola e Nelson Cavaquinho.
Suas 12 gravações – reunidas em um LP da Continental em 1976 - foram relançadas recentemente em CD na coleção "Arquivos Warner".

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