Compêndio das Obras de Christine de Pizan, escrito em sua biblioteca, 1413 dC
© British Library, Harley 4431, folha 4
© British Library, Harley 4431, folha 4
“As rainhas, por direito divino, as santas, por suas evidentes virtudes,
asseguram-se um apoio na sociedade que lhes permite igualar-se aos homens.
Das outras, ao contrário, exige-se uma silenciosa modéstia.
O êxito de Christine de Pisan é surpreendente: ainda assim,
foi preciso que fosse viúva e cheia de filhos
para que se decidisse a ganhar a vida com a pena.”
(Simone de Beauvoir)
asseguram-se um apoio na sociedade que lhes permite igualar-se aos homens.
Das outras, ao contrário, exige-se uma silenciosa modéstia.
O êxito de Christine de Pisan é surpreendente: ainda assim,
foi preciso que fosse viúva e cheia de filhos
para que se decidisse a ganhar a vida com a pena.”
(Simone de Beauvoir)
Christine de Pisan (1364-1430) É considerada a mais importante poetisa medieval e a primeira mulher a viver de sua arte – a escrita - no Ocidente.
Em meio ao ambiente misógino que marcava a Idade Média, uma voz feminina surgiu contundente, relatando o cotidiano das mulheres medievais e trazendo à tona questões incipientes que passariam a compor a luta das mulheres nos dias de hoje, como, por exemplo, a igualdade de gênero.
Na época em que as mulheres eram uma minoria silenciosa, quando não silenciada, o simples fato de ter educação, erudição e mais ainda, ser reconhecida e lida por homens e mulheres na Baixa Idade Média, representou um feito notável e digno de admiração.
Italiana de nascimento e francesa por adoção, Christine nos legou obras que falam sobre mulheres a partir do olhar feminino, apartando-se da literatura até então eminentemente masculina e que falava das mulheres sob a perspectiva dos dominadores.
A leitura das principais obras de Christine (Cité des dames e Trois vertus) nos fornece a visualização e compreensão do universo feminino a partir da sua auto percepção enquanto mulher, da sua visão de mundo e dos seus desejos.
Christine escreve especialmente para as mulheres, concebendo-as como possuidoras de conhecimento e intelecto, em resposta à produção literária de origem masculina, que trazia em seu núcleo a concepção da mulher como devassa, perigosa e astucia, ou, em extremo oposto, como virginal, submissa e desprovida de inteligência, estabelecendo dois modelos possíveis de mulher, com uma nota em comum, a inferioridade frente aos homens.
A vida e obra de Christine, antes de tudo, representam um ponto de resistência feminina dentro da História das mulheres e marco prenunciador da luta das mulheres por reconhecimento e gozo de direitos igualitários enquanto seres humanos.
Em meio ao ambiente misógino que marcava a Idade Média, uma voz feminina surgiu contundente, relatando o cotidiano das mulheres medievais e trazendo à tona questões incipientes que passariam a compor a luta das mulheres nos dias de hoje, como, por exemplo, a igualdade de gênero.
Na época em que as mulheres eram uma minoria silenciosa, quando não silenciada, o simples fato de ter educação, erudição e mais ainda, ser reconhecida e lida por homens e mulheres na Baixa Idade Média, representou um feito notável e digno de admiração.
Italiana de nascimento e francesa por adoção, Christine nos legou obras que falam sobre mulheres a partir do olhar feminino, apartando-se da literatura até então eminentemente masculina e que falava das mulheres sob a perspectiva dos dominadores.
A leitura das principais obras de Christine (Cité des dames e Trois vertus) nos fornece a visualização e compreensão do universo feminino a partir da sua auto percepção enquanto mulher, da sua visão de mundo e dos seus desejos.
Christine escreve especialmente para as mulheres, concebendo-as como possuidoras de conhecimento e intelecto, em resposta à produção literária de origem masculina, que trazia em seu núcleo a concepção da mulher como devassa, perigosa e astucia, ou, em extremo oposto, como virginal, submissa e desprovida de inteligência, estabelecendo dois modelos possíveis de mulher, com uma nota em comum, a inferioridade frente aos homens.
A vida e obra de Christine, antes de tudo, representam um ponto de resistência feminina dentro da História das mulheres e marco prenunciador da luta das mulheres por reconhecimento e gozo de direitos igualitários enquanto seres humanos.
[Referência] ► Revista Gênero & Direito (1) 2013. Página 68. ISSN 2179-7137.
Feminismo na Idade Média: conhecendo a cidade das damas.
Feminismo na Idade Média: conhecendo a cidade das damas.
Um comentário:
Vim agradecer sua visita no meu blog....sou sua seguidora abraços com carinho! belissimo blog.
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