Vlado Herzog (1937-1975). Jornalista, professor da USP (Universidade de São Paulo) e teatrólogo, Vlado Herzog nasceu em 1937 na cidade de Osijsk, Iugoslávia. Filho de Zigmund Herzog e Zora Herzog, imigrou com os pais para o Brasil em 1942. A família saiu da Europa fugindo do nazismo.
Vlado foi criado em São Paulo e se naturalizou brasileiro. Fez Filosofia na USP e tornou-se jornalista do jornal O Estado de S. Paulo em 1959.
Nesta época, Vlado achava que o nome soava exótico nos trópicos e resolveu passar a assinar Vladimir. No início da década de 60, casou-se com Clarice. Com o golpe militar de 1964, o casal resolveu passar uma temporada em Inglaterra e Vladimir conseguiu trabalho na BBC de Londres. Lá, tiveram dois filhos, Ivo e André. Em 1968, a família voltou ao Brasil. Vlado trabalhou um ano em publicidade, depois na editoria de cultura da revista Visão. Em 1975, foi escolhido pelo Secretário de Cultura de SP, José Mindlin, para dirigir o jornalismo da TV Cultura.
Na noite do dia 24 de outubro de 1975, o jornalista apresentou-se na sede do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações/ Centro de Operações de Defesa Interna), em São Paulo, para prestar esclarecimentos sobre suas ligações com o PCB (Partido Comunista Brasileiro). No dia seguinte, foi morto aos 38 anos.
Segundo a versão oficial da época, ele teria se enforcado com o cinto do macacão de presidiário. Porém, de acordo com os testemunhos de Jorge Benigno Jathay Duque Estrada e Rodolfo Konder, jornalistas presos na mesma época no DOI/CODI, Vladimir foi assassinado sob torturas.
Como Herzog era judeu, o Shevra Kadish (comitê funerário judaico) recebeu o corpo e, ao prepará-lo para o funeral, o rabino percebeu que havia marcas de tortura no corpo do jornalista, prova de que o suicídio tinha sido forjado.
Hoje, dia em que se completam 35 anos da morte do jornalista Vladimir Herzog, segunda-feira (25), o Jornal da Cultura leva ao ar uma reportagem especial sobre o ex-diretor de jornalismo da TV Cultura, que foi vítima da ditadura militar.
Serão mostrados fatos marcantes da vida profissional de Vlado e o reflexo de sua morte no processo de redemocratização do País. O telejornal terá depoimentos de personalidades que estiveram ligadas ao episódio, como o cineasta João Batista de Andrade, que dirigiu o documentário Vlado – 30 anos depois, e o desembargador Márcio José de Moraes, que em 1978, como juiz federal, condenou a União pela morte de Herzog.
Vlado foi criado em São Paulo e se naturalizou brasileiro. Fez Filosofia na USP e tornou-se jornalista do jornal O Estado de S. Paulo em 1959.
Nesta época, Vlado achava que o nome soava exótico nos trópicos e resolveu passar a assinar Vladimir. No início da década de 60, casou-se com Clarice. Com o golpe militar de 1964, o casal resolveu passar uma temporada em Inglaterra e Vladimir conseguiu trabalho na BBC de Londres. Lá, tiveram dois filhos, Ivo e André. Em 1968, a família voltou ao Brasil. Vlado trabalhou um ano em publicidade, depois na editoria de cultura da revista Visão. Em 1975, foi escolhido pelo Secretário de Cultura de SP, José Mindlin, para dirigir o jornalismo da TV Cultura.
Na noite do dia 24 de outubro de 1975, o jornalista apresentou-se na sede do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações/ Centro de Operações de Defesa Interna), em São Paulo, para prestar esclarecimentos sobre suas ligações com o PCB (Partido Comunista Brasileiro). No dia seguinte, foi morto aos 38 anos.
Segundo a versão oficial da época, ele teria se enforcado com o cinto do macacão de presidiário. Porém, de acordo com os testemunhos de Jorge Benigno Jathay Duque Estrada e Rodolfo Konder, jornalistas presos na mesma época no DOI/CODI, Vladimir foi assassinado sob torturas.
Como Herzog era judeu, o Shevra Kadish (comitê funerário judaico) recebeu o corpo e, ao prepará-lo para o funeral, o rabino percebeu que havia marcas de tortura no corpo do jornalista, prova de que o suicídio tinha sido forjado.
Hoje, dia em que se completam 35 anos da morte do jornalista Vladimir Herzog, segunda-feira (25), o Jornal da Cultura leva ao ar uma reportagem especial sobre o ex-diretor de jornalismo da TV Cultura, que foi vítima da ditadura militar.
Serão mostrados fatos marcantes da vida profissional de Vlado e o reflexo de sua morte no processo de redemocratização do País. O telejornal terá depoimentos de personalidades que estiveram ligadas ao episódio, como o cineasta João Batista de Andrade, que dirigiu o documentário Vlado – 30 anos depois, e o desembargador Márcio José de Moraes, que em 1978, como juiz federal, condenou a União pela morte de Herzog.
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