Josephine Wall
Sê em mim a respiração das tuas vias lácteas
sê em mim a que já és e sempre tens sido
um sonho do outro lado da montanha dos sonhos e para
além do mistério
algo mais real que a própria realidade
algo que nem esquecer nem recordar posso
algo como soturnas naves vagueando para a luz do farol
algo como nuvens tais luminosas rochas e rochas quais
nuvens sombrias
algo que torna o frio inconcebível calor
algo que esteve em mim e me transfigurou
ó transfigura-me
converte-me em porto para o navio da minha inquietude
espera por mim no seio da terra
procura-me na minha urna
ó transfigura-me e sê em mim
tal como insensível em ti repouso
no sonho da inconsciência e na constelação de teus olhos.
Erik Lindegren (1910-1968)
sê em mim a que já és e sempre tens sido
um sonho do outro lado da montanha dos sonhos e para
além do mistério
algo mais real que a própria realidade
algo que nem esquecer nem recordar posso
algo como soturnas naves vagueando para a luz do farol
algo como nuvens tais luminosas rochas e rochas quais
nuvens sombrias
algo que torna o frio inconcebível calor
algo que esteve em mim e me transfigurou
ó transfigura-me
converte-me em porto para o navio da minha inquietude
espera por mim no seio da terra
procura-me na minha urna
ó transfigura-me e sê em mim
tal como insensível em ti repouso
no sonho da inconsciência e na constelação de teus olhos.
Erik Lindegren (1910-1968)
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