sábado, 6 de abril de 2013

Crime e Castigo

Fiódor Dostoiévski (1821-1881) escritor russo, considerado um dos maiores romancistas de todos os tempos. É tido como o fundador do existencialismo.
Crime e Castigo foi publicado pela primeira vez em 1866 e foi o primeiro romance do autor traduzido para línguas da Europa Ocidental.
O livro relata a angústia e o sofrimento vividos por Románovitch, um jovem estudante de direito que se vê marginalizado pela falta de dinheiro. Após ter cometido o assassinato de duas mulheres: Alena Ivánovna, uma velha usurária, a quem Raskólnikov empenhava alguns objetos para obter dinheiro para sua sobrevivência e Isabel Ivánovna, irmã da usurária, também assassinada, por estar no lugar e hora erradas.
A história, que se faz interessante já pela originalidade seu enredo central, é uma das obras mais importantes da literatura mundial por ser um verdadeiro ensaio psicológico das personagens, uma qualidade ímpar dos escritores russos.
A trama, à primeira vista, é um romance policial: descobrir um assassino. Assassino esse que está revelado ao leitor desde o início. Seria um romance policial comum se a narrativa não se fizesse transcorrer numa teia envolvente de personagens e tramas paralelas capazes de prender o leitor não mais para a resolução do caso, mas para a resolução dos dramas humanos que o autor propõe.
Sem dúvida, trata-se de uma história única capaz de produzir sentimentos diversos e intensos para quem a lê. E se você ainda não está convencido sobre a importância deste livro basta dizer que Crime e Castigo é considerado por muitos, e importantes críticos literatos, como o grande romance de todos os tempos.
O jovem Románovitch estudante se vê perseguido por sua incapacidade de continuar sua vida após o delito. Sua crença de que é um homem extraordinária se extingue, e ele acaba por confessar o crime a uma prostituta, Sófia Siemionovna Marmiéladova, que o orienta a se entregar e admitir o crime. Raskólnikov, então, é condenado à exílio na Sibéria, acompanhado por Sófia, onde começa sua reabilitação mental e espiritual.
Esta personagem demonstra a tendência existencialista de Dostoiévski, uma vez que é a personagem que define a sua vivência, o seu futuro, optando por abandonar a sua teoria e optar por uma via espiritual, o refúgio na Religião Cristã Ortodoxa. O livro se baseia numa visão sobre religião e existencialismo com um foco predominante no tema de atingir salvação por sofrimento, sem deixar de comentar algumas questões do socialismo.
Os personagens e as descrições de seus caracteres e personalidades, inspiraram pensamentos filosóficos, sociológicos e psicológicos da segunda metade do século XIX e também no século XX.
Foram influenciados Nietzsche, Sartre, Freud, Orwell, Huxley, dentre outros.

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