Celtas
Sir Edward Burne-Jones - Arthur with Excalibur
Celtas é a designação dada a um conjunto de povos, organizados em múltiplas tribos e pertencentes à família linguística indo-europeia que se espalhou pela maior parte do Oeste da Europa a partir do segundo milénio a.C.. A primeira referência literária aos celtas foi feita pelo historiador grego Hecateu de Mileto no século VI a.C..
Grupos de migrantes celtas invadiram os Bálcãs e, em 279 a. C., atacaram Delfos, o maior templo da Grécia. Apesar de serem repelidos e de sofrerem terríveis baixas, alguns chegaram à Anatólia (moderna Turquia) e criaram uma espécie de reino-saqueador ao redor da moderna Ancara. Conhecidos pelos gregos por um nome equivalente ao romano “gauleses”, esses gálatas deram seu nome às suas terras, Galácia, de onde surgem os Gálatas do Novo Testamento.
Grupos de migrantes celtas invadiram os Bálcãs e, em 279 a. C., atacaram Delfos, o maior templo da Grécia. Apesar de serem repelidos e de sofrerem terríveis baixas, alguns chegaram à Anatólia (moderna Turquia) e criaram uma espécie de reino-saqueador ao redor da moderna Ancara. Conhecidos pelos gregos por um nome equivalente ao romano “gauleses”, esses gálatas deram seu nome às suas terras, Galácia, de onde surgem os Gálatas do Novo Testamento.
Os Celtas na Idade Média e depois
• Bretanha Menor, um reino independente no séc. IX, tornou-se um dos muitos ducados semi-independentes que formavam a França medieval. Com o crescimento do poder real centralizado no séc. XV, sua independência minguou, culminando com sua absorção política pela França em 1532.
• País de Gales permaneceu sendo um principado separado, mas sob crescente dominação inglesa a partir do séc. X. Em 1485, o galês Henry Tudor tornou-se Rei da Inglaterra, mas seu filho totalmente anglicizado Henry VIII uniu politicamente o País de Gales à Inglaterra.
• Escócia ficou, grosso modo, dividida entre as Highlands (Terras Altas) - onde se falava o idioma gaélico (celta irlandês) - e as Lowlands (Terras Baixas) em que se falava um dialeto germânico semelhante ao inglês. Os belicosos clãs e chefes tribais das Terras Altas estavam em constante conflito com seus vizinhos das Terras Baixas, que os tinham como bárbaros ladrões de gado. Este foi o pretexto para a sua brutal supressão.
• Irlanda: A partir das incursões vikings em 795, a Irlanda passou a ser ocupada, total ou parcialmente, por estrangeiros. Aos daneses seguiram-se os anglo-normandos no séc. XII. Durante o séc. XVI, o jugo imperial inglês recrudesceu e a Reforma turvou ainda mais as relações. A Inglaterra protestante manteve a Irlanda Católica sob sujeição, por vezes incrivelmente brutal, até após a Primeira Grande Guerra.
• Migrações: Todas essas terras assistiram a migrações significativas ou em massa, especialmente a partir do séc. XVIII: as pessoas fugiam das condições constantemente precárias e da fome, em busca de empregos igualmente esquálidos, mas com melhores salários, nas áreas industriais da Grã-Bretanha, ou em busca das promessas de terras e liberdade no Novo Mundo e na Oceania. Muitos dos emigrantes, especialmente da Escócia e na Irlanda, não desejavam deixar suas terras, mas não tinham escolha diante das expulsões dos senhores das terras que punham seus lucros acima do bem estar de sua própria gente.
• País de Gales permaneceu sendo um principado separado, mas sob crescente dominação inglesa a partir do séc. X. Em 1485, o galês Henry Tudor tornou-se Rei da Inglaterra, mas seu filho totalmente anglicizado Henry VIII uniu politicamente o País de Gales à Inglaterra.
• Escócia ficou, grosso modo, dividida entre as Highlands (Terras Altas) - onde se falava o idioma gaélico (celta irlandês) - e as Lowlands (Terras Baixas) em que se falava um dialeto germânico semelhante ao inglês. Os belicosos clãs e chefes tribais das Terras Altas estavam em constante conflito com seus vizinhos das Terras Baixas, que os tinham como bárbaros ladrões de gado. Este foi o pretexto para a sua brutal supressão.
• Irlanda: A partir das incursões vikings em 795, a Irlanda passou a ser ocupada, total ou parcialmente, por estrangeiros. Aos daneses seguiram-se os anglo-normandos no séc. XII. Durante o séc. XVI, o jugo imperial inglês recrudesceu e a Reforma turvou ainda mais as relações. A Inglaterra protestante manteve a Irlanda Católica sob sujeição, por vezes incrivelmente brutal, até após a Primeira Grande Guerra.
• Migrações: Todas essas terras assistiram a migrações significativas ou em massa, especialmente a partir do séc. XVIII: as pessoas fugiam das condições constantemente precárias e da fome, em busca de empregos igualmente esquálidos, mas com melhores salários, nas áreas industriais da Grã-Bretanha, ou em busca das promessas de terras e liberdade no Novo Mundo e na Oceania. Muitos dos emigrantes, especialmente da Escócia e na Irlanda, não desejavam deixar suas terras, mas não tinham escolha diante das expulsões dos senhores das terras que punham seus lucros acima do bem estar de sua própria gente.
A Redescoberta de uma Herança Celta Comum
O séc. XVIII assistiu ao início do nacionalismo na Irlanda e em outras áreas, e à redescoberta de uma herança celta comum. A Linguística e o início da Arqueologia forneceram as bases para uma compreensão mais detalhada das histórias desses povos, e contribuíram para o crescimento de uma autoconsciência nacional que se manifestava na política e nas expressões culturais - em especial na arte e na literatura. Este processo talvez tenha atingido sua maturidade com o surgimento de um estado irlandês independente em 1921.
Atualmente, nem todos aceitam esta visão da história celta, e hoje é possível redigir uma história alternativa da ‘Celticidade’.
Atualmente, nem todos aceitam esta visão da história celta, e hoje é possível redigir uma história alternativa da ‘Celticidade’.
Fonte:
Alma Celta: ( Claudio Quintino Crow )
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