Pieter Brueghel, o velho
Em junho de 1518 um estranho fenômeno acometeu a cidade de Estrasburgo na França, quando uma mulher, Frau Troffea, deu início à um dos fatos mais bizarros da história: a "praga da dança".
Frau, saiu de casa dançando freneticamente pelas ruas de Estrasburgo, numa dança que iria terminar somente com sua morte. Em seis dias, cerca de 34 pessoas aderiram a dança misteriosa, em um mês havia aproximadamente 400 dançarinos.
Segundo relatos não eram simples espasmos ou convulsões, as pessoas dançavam incessantemente, muitas delas morreram de ataques cardíacos, derrames ou exaustão.
Contudo,a dança não parecia ser um ato voluntário, já que segundo cidadãos da época, as pessoas não estavam felizes, o desespero estava em suas faces e seus olhos pediam para parar, muitos choravam, mas não conseguiam parar.
Hendrick Hondius - The Dancing Mania
Para provar que a epidemia, não era uma lenda o escritor John Waller, reuniu relatos e registros históricos (incluindo prescrições médicas, crônicas locais e sermões da Igreja) em um livro de 276 páginas "A time to dance, a time to die: the extraordinary story of dance plague of 1518".
Enquanto a epidemia se espalhava, os nobres procuraram o conselho de médicos da região, que diagnosticavam o problema como uma doença natural causada por "sangue quente". Ao invés de prescrever a sangria, as autoridades encorajavam as pessoas continuar com a dança, abrindo dois salões e contratando músicos para manter os afligidos em movimento, crendo que se recuperariam dessa forma.
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