Toulouse-Lautrec
Que há de desejo na leitura? O Desejo não pode ser nomeado, nem sequer (ao contrário do Pedido) dito. No entanto, não há dúvida de que existe um erotismo da leitura (na leitura, o desejo está ali com o sei objeto, o que é a definição do erotismo).
(...) A leitura aparece assim marcada por dois traços fundamentais. Ao fechar-se para ler, ao fazer da leitura um estado absolutamente separado, clandestino, no qual o mundo inteiro é abolido, o leitor – o lente – identifica-se com os dois outros sujeitos humanos – para dizer a verdade bem próximos um do outro – cujo estado requer igualmente uma reparação violenta: o sujeito amoroso e o sujeito místico.
(...) A leitura aparece assim marcada por dois traços fundamentais. Ao fechar-se para ler, ao fazer da leitura um estado absolutamente separado, clandestino, no qual o mundo inteiro é abolido, o leitor – o lente – identifica-se com os dois outros sujeitos humanos – para dizer a verdade bem próximos um do outro – cujo estado requer igualmente uma reparação violenta: o sujeito amoroso e o sujeito místico.
Roland Barthes (1915-1980)
O rumor da língua.
O rumor da língua.
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