sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Crônica

Bill Saunders
“...
Deitei-me na cama de novo enquanto os cavalos
dos poemas antigos traziam o Sol em atropelada
brilhante. Vi-os fortes e louros irromper pelo
céu onde tinha morrido de morte linda a aurora.
Abençoado seja o Sol.
Abençoado seja o dia.
Abençoado seja o descanso.
Abençoados sejam os pássaros diurnos e noturnos.
Abençoadas sejam as criaturas de todo o mundo.
Abençoado o fogo; a terra; o ar; a água.
Abençoada seja a aurora.
Que me perdoa de meus pecados.
...”

Paulo Mendes Campos (1922-1991)

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