Claude Lorrain
Vem baixando o crepúsculo de leve...
Eu bem o sinto na paisagem fria
E sobre os meus cabelos em que a neve
Envolve a noite que se prenuncia.
A mão já se emociona quando escreve,
Os olhos baixam porque morre o dia.
Todas as vozes se calaram... . Breve
Será mais triste a vida e mais vazia.
E’ a hora em que oscila a chama da esperança.
Adoro-a de mãos-postas, hora mansa,
De calma, de renuncia, de perdão.
Mas na tarde que rola num desmaio,
Hás de ficar comigo, último raio,
Para aquecer-me a sombra pelo chão.
Olegário Mariano (1889-1958)
Eu bem o sinto na paisagem fria
E sobre os meus cabelos em que a neve
Envolve a noite que se prenuncia.
A mão já se emociona quando escreve,
Os olhos baixam porque morre o dia.
Todas as vozes se calaram... . Breve
Será mais triste a vida e mais vazia.
E’ a hora em que oscila a chama da esperança.
Adoro-a de mãos-postas, hora mansa,
De calma, de renuncia, de perdão.
Mas na tarde que rola num desmaio,
Hás de ficar comigo, último raio,
Para aquecer-me a sombra pelo chão.
Olegário Mariano (1889-1958)
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