Osvaldão
Pesquisadora do conflito desde 2001 e membro do Grupo de Trabalho Tocantins (GTT), a jornalista Myrian Alves diz que há relatos de que duas combatentes foram capturadas grávidas pelos militares e que um dos líderes da guerrilha, Osvaldo Orlando da Costa, o Osvaldão, teve pelo menos dois filhos com mulheres da região. O envolvimento amoroso de combatentes com mulheres locais era natural, inevitável. Eles viviam semi-isolados na floresta, e os namoros entre os guerrilheiros eram reprovados pelos comandantes da ação. Involuntariamente, essa norma incentivava a busca por parceiros "de fora" - o que também era condenado pelos chefes revolucionários, porém sua prática era mais difícil de fiscalizar e reprimir. "O próprio Curió admitiu, em depoimento à Justiça Federal em 2010, que Osvaldão teve filhos no Araguaia. Um era filho dele com dona Maria, cozinheira que já morreu. Zezinho Barqueiro, que também era filho dela, conviveu muito com o menino, que se chamava Geovane. Falam ainda em outro filho dele, mas as informações são poucas a respeito", afirma Myrian.
Também conheceu o menino Geovane o lavrador José Rodrigues da Silva, o Baiano. Baiano e Osvaldão trabalharam nos anos 1960 como garimpeiros e como mariscadores (caçadores de animais para a retirada e venda das peles). Separaram-se por alguns anos. Ao reencontrá-lo, Osvaldão estava com um garoto pequeno, que apresentou ao amigo como filho. Osvaldão é outro desaparecido do Araguaia. Foi morto em 1974, segundo relatos de testemunhas e de militares. Seu corpo nunca apareceu. Há indícios de que outro menino foi levado por militares ao término do confronto para Tabatinga (Amazonas), na fronteira com a Colômbia. "Tabatinga é uma região de fronteira, onde o Exército atua há décadas. Considero uma indecência terem levado essas crianças para tão longe só porque eram filhos de comunistas", diz a pesquisadora.
Também conheceu o menino Geovane o lavrador José Rodrigues da Silva, o Baiano. Baiano e Osvaldão trabalharam nos anos 1960 como garimpeiros e como mariscadores (caçadores de animais para a retirada e venda das peles). Separaram-se por alguns anos. Ao reencontrá-lo, Osvaldão estava com um garoto pequeno, que apresentou ao amigo como filho. Osvaldão é outro desaparecido do Araguaia. Foi morto em 1974, segundo relatos de testemunhas e de militares. Seu corpo nunca apareceu. Há indícios de que outro menino foi levado por militares ao término do confronto para Tabatinga (Amazonas), na fronteira com a Colômbia. "Tabatinga é uma região de fronteira, onde o Exército atua há décadas. Considero uma indecência terem levado essas crianças para tão longe só porque eram filhos de comunistas", diz a pesquisadora.
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