sábado, 28 de julho de 2012

A esperança me chama

Dorothy Lathrop
A esperança me chama e eu salto a bordo
como se fosse a primeira viagem.
Se não conheço os mapas, escolho o imprevisto;
qualquer sinal é um bom presságio.
Seja como for, eu vou, pois quase sempre acredito.
Ando de olhos fechados
feito criança brincando de cega.
Mais de uma vez saio ferida ou quase afogada,
mas não desisto.
A dor eventual é o preço da vida:
passagem, seguro e pedágio.

Lya Luft

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