Ah! como é doce ouvir a voz do vento
que andou beijando o cálice das flores
e traz consigo, em místicos rumores,
por muitas vezes, sonho e sentimento.
Lembra, também, as mágoas e o lamento
dos que sofrem, chorando em seus amores,
estas sombras, pequeninas dores
que convertem a vida num tormento.
Mas, às vezes, em louca ansiedade,
passa rugindo em doida tempestade,
gemendo sempre em cantochão profundo.
É que não pode mais manso e calado,
ouvir, passando, o grito revoltado
dos gemidos de dor que andam no mundo!
Hedda de Moraes Carvalho
que andou beijando o cálice das flores
e traz consigo, em místicos rumores,
por muitas vezes, sonho e sentimento.
Lembra, também, as mágoas e o lamento
dos que sofrem, chorando em seus amores,
estas sombras, pequeninas dores
que convertem a vida num tormento.
Mas, às vezes, em louca ansiedade,
passa rugindo em doida tempestade,
gemendo sempre em cantochão profundo.
É que não pode mais manso e calado,
ouvir, passando, o grito revoltado
dos gemidos de dor que andam no mundo!
Hedda de Moraes Carvalho
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