Christoffer Wilhelm Eckersberg
Serenamente, lembro o meu passado:
Das suas esperanças nada espero,
E sorrio ao seu mal desesperado
Como ao bem das promessas, que não quero.
Que hoje, da vida, só desejo a calma
Da indiferença, num sorriso aberto…
E, na certeza de que tudo é incerto,
Descansa as tuas dúvidas, pobre alma!
Do teu cansaço e tua dor, descansa!
É neste brando enlevo que eu te quero,
Sorrindo ao fundo duma nova esperança
Como à ilusão dum novo desespero.
Guilherme de Faria (1907-1929)
Das suas esperanças nada espero,
E sorrio ao seu mal desesperado
Como ao bem das promessas, que não quero.
Que hoje, da vida, só desejo a calma
Da indiferença, num sorriso aberto…
E, na certeza de que tudo é incerto,
Descansa as tuas dúvidas, pobre alma!
Do teu cansaço e tua dor, descansa!
É neste brando enlevo que eu te quero,
Sorrindo ao fundo duma nova esperança
Como à ilusão dum novo desespero.
Guilherme de Faria (1907-1929)
Guilherme de Faria nasceu em Guimarães, no dia 6 de Outubro de 1907. Em 1919 mudou-se com a família para Lisboa. Apesar de ter vivido apenas 22 anos, publicou vários livros de poesia, organizados postumamente no volume Saudade Minha. Foi poeta e editor. Suicidou-se na Boca do Inferno [Cascais], no dia 4 de Janeiro de 1929.
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