quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Avenida Paulista

‘Símbolo paulista completa 120 anos de história’.
Avenida Paulista em 1891
Há 120 anos (8 de dezembro de 1891), em uma São Paulo ainda pouco populosa, cuja economia girava em torno das fazendas de café, foi inaugurada a via hoje conhecida como um dos principais cartões-postais da cidade e reconhecida como a mais importante do País.
Idealizada pelo engenheiro Joaquim Eugênio de Lima, com o objetivo de ser um espaço alternativo de moradia para a elite paulistana, que se deslocava do centro para áreas mais altas da cidade, ela poderia ser chamada hoje de “Acácias” ou “Prado de São Paulo”, mas o engenheiro declarou que seu nome deveria homenagear os habitantes dessa terra, e a batizou, desse modo, de Avenida Paulista.
Com o intuito de reproduzir o urbanismo das modernas avenidas europeias, a região atraiu as famílias mais abastadas da cidade, dentre fazendeiros do café e imigrantes que construíram suas mansões e contribuíram para o engrandecimento arquitetônico da região. Atualmente, entre arranha-céus e diversos estabelecimentos de serviços, restam poucas, mas ainda imponentes, lembranças físicas do urbanismo histórico do logradouro. Há diversos imóveis tombados, como a Casa das Rosas, de Alvarez de Azevedo, um grande arquiteto do início do século XIX, o prédio do Museu de Arte de São Paulo, e o Conjunto Nacional, obra da década de 1950, tombada recentemente.
Os primeiros carros carnavalescos no início do século passado passeavam pela Paulista, as corridas de automóvel que aconteciam no eixo da Pacaembu também passavam por ela; os bondes com eletricidade lá tiveram seus primeiros itinerários e, além disso, ela foi a primeira avenida a ter asfalto da América, incluindo os Estados Unidos, em 1909.
Há ainda curiosidades sobre a mais famosa das avenidas. Uma das primeiras transmissões de rádio da história, feitas pelo Padre Landel de Moura, foi realizada do Parque de Santana para a Avenida Paulista, em 1906.
Atualmente, cerca de 1,5 milhão de pessoas circulam diariamente pelos 2,8 km de extensão da Avenida Paulista e, por esse motivo, a região é palco de manifestações que pretendem tornar visíveis suas causas. E, infelizmente têm sido constante ataques homofônicos divulgados pela grande mídia desde novembro do ano passado.

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