segunda-feira, 18 de julho de 2011

Manabu Mabe

Pioneiro do Abstracionismo Brasileiro
Nascido no Japão em 14 de setembro de 1924, com sua família chega ao Brasil em 1934, para trabalhar nas lavouras de café no município de Lins, interior do estado de São Paulo. Aqui no Brasil, Manabu Mabe teve o dom pelas artes plásticas desenvolvido rapidamente. Com parcos recursos, adaptou um ateliê para que pudesse pintar naturezas mortas e paisagens, em um rústico espaço, com os materiais de que dispunha.
Silêncio
Sua primeira exposição se deu em 1948, época em que era ainda influenciado por sua origem nipônica, mesclando uma certa dose de abstracionismo aos caracteres de sua escrita natal.
Explosão do Progresso
Após essa primeira mostra, no ano seguinte foi convidado a participar do Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro. No ano de 1953, foi ganho por ele o premio de Melhor Pintura e em 1956, participou da Bienal de Arte do Japão.
Em 1959, na Quinta Bienal de São Paulo, Mabe obteve o prêmio de Melhor Pintor Nacional, assim como o de Destaque Internacional na Bienal de Paris.
Vento em flor
No ano de 1986. Mabe realiza uma retrospectiva no MASP, cidade de São Paulo, lançando seu primeiro livro com 156 reproduções fotográficas de seus trabalhos, em três idiomas, português, inglês e japonês.
Existência
Em 1995 foi lançado seu segundo livro, uma autobiografia intitulada Chove no Cafezal, em japonês, publicado originalmente no Japão em capítulos semanais no jornal Nihon Keizai Shinbum, Kumamoto, sua região natal. Em 1996 faz uma viagem ao Japão, para uma mostra retrospectiva de sua Arte.
Em 1979, um insolúvel mistério marcou a vida e as obras de Mabe. Uma estimativa de 153 telas de sua autoria, avaliadas em mais de US$ 1,24 milhões, foram perdidas no mar. O avião em que elas estavam, um Cargo 707 da Varig, desapareceu ao voar sobre o oceano, trinta minutos após a decolagem de Tóquio. Nenhum sinal do avião, corpos ou telas. Nada. Esse fato é considerado até os dias atuais, como o maior mistério da aviação em todo o mundo.
Desenvolvimento
Em São Paulo, cidade em que o artista se naturalizou como cidadão brasileiro, diabético, Manabu Mabe morreu em decorrência de um transplante de rim, feito em 22 de setembro de 1997.
Suas obras encontram-se nos Museus, de Arte Contemporânea de São Paulo, de Arte Moderna do Rio de Janeiro, de Arte Contemporânea de Boston e de Belas Artes de Dallas, entre outros. No Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, encontra-se uma de suas pinturas mais expressivas, Natureza-Morta.

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