segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Velejar para onde?

Velejar para onde?
Para que mundo, acaso,
se esse mundo se esconde
ou nos chega com atraso?

Velejar para que,
se essa mesma distancia
que o coração antevê
com tão profunda ânsia

a nada mais conduz
que ao grande desalento,
de ver que tudo é luz
dispersa em água e vento?

Alphonsus de Guimaraens Filho (1918-2008)

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