terça-feira, 12 de junho de 2012

Há lembranças que matam

Henri Rousseau
Há lembranças que matam
Há bosques onde os amados vivem para sempre

Há um cutelo de água nas fontes
quando as palavras voam para muito longe

Há a noite
e os cães que dormem em cordas de sono
em vogais de vento e abandono

Há barcos que deslizam no horizonte
muito lentamente
e as estrelas descem por dentro dos mastros
na noite

Há uma orquídea azul que se suicida
onde começa o teu nome.

Maria Azenha

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