segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Eis-me aqui!

Alphonse Mucha
Eis-me aqui
na luz dos olhares que se cruzam,
entre a neblina que se desfaz
em meio a tantos ou uma, das palavras,
no silêncio tão breve que se refaz

Volto no limiar exato do inacabado,
deflagrando o desamparo da memória
na construção palpável das palavras
habitando constelações
antes nunca navegadas

Não sou mais que isto:
sonhos inventados,
finalidade e drama sem enredo,
herança sem segredo.

Conceição Bentes

Nenhum comentário: