quarta-feira, 8 de junho de 2011

Afasta-te de mim, ó hora

Afasta-te de mim, ó hora
o teu adejar feridas em mim cria
só: que farei com a minha boca agora?
com a minha noite?
com o meu dia?

Amada não tenho, sem casa estou
sem qualquer lugar onde viver
todas as coisas às quais me dou
enriquecem e gastam o meu ser.

Rainer Maria Rilke (1875-1926)

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