Geovina Ramos de Oliveira
Gilda, a história de uma "estrela".
Foto da década de 50
Gilda, a história de uma "estrela".
Foto da década de 50
“Nunca houve uma mulher como Gilda” anunciava o cartaz do filme que consagrou a atriz Rita Hayworth, lançado em Campinas em 1947. Essa mulher lendária que, dizem, só precisava tirar uma das luvas para parecer que fazia um strep tease completo, inspirou a Gilda de Campinas.
No dia 22 de abril de 1950, o Correio Popular noticiava: “Desaparece da fisionomia da cidade uma de suas figuras populares. A ‘Gilda’ foi levada para o Hospital Franco da Rocha. Lá continuará cumprindo o seu destino, continuara pensando que é ‘Gilda’”. Mas ela voltou e continuou vivendo como ‘Gilda’.
Gilda nunca revelou suas origens, seus parentes. “O mundo é meu” respondia, quando tentavam vasculhar sua vida. “Sou daqui mesmo, porque gosto daqui”, despistava. A idade? Jamais! Matava a fome e a sede pelos bares, podendo ser um pastel no Bar do Voga e um suco de frutas mais adiante na Casa das Vitaminas, mas sempre pelo centro da cidade, o palco iluminado de sua imaginação. Sempre usava faixas de miss e rainha. Ora era Miss Universo, ora Rainha do Brasil.
Gilda assegurava ser “noiva” de Orestes Quércia, político que, quando eleito prefeito de Campinas, em 1968, foi generoso com ela, doando uma casa popular para que a conhecida figura das ruas pudesse viver sossegada na Vila Rica, segundo informações de reportagens publicadas na época em jornais da cidade. Mas Gilda também se dizia viúva do cantor Francisco Alves, o famoso Rei da Voz.
Morreu com 74 anos, depois de ser internada no Mário Gatti.
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