∗ Memória Anarquista ∗
Seis imigrantes italianos e a paixão a uma causa – vivenciar a anarquia na prática – estabeleceram, a Colônia Cecília, maior experiência anarquista da história do Brasil.
O final do século 19 foi um período de grandes mudanças para o Brasil. Em 15 de novembro de 1889, com a proclamação da República, chegava ao fim a monarquia que governara o país durante 67 anos. Cerca de um ano e meio antes, a assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, havia extinguido a escravidão negra.
Foi nessa fase que o Brasil passou a receber maior fluxo de imigrantes europeus para colonizar as imensas áreas que permaneciam inexploradas, já que faltava mão-de-obra para trabalhar nas novas lavouras que se iniciavam nas regiões sul e sudeste.
Em 1889 por iniciativa jornalista e agrônomo italiano Giovanni Rossi, que havia pleiteado ao governo do império o estabelecimento de uma colônia experimental para os estrangeiros que fosse o núcleo inicial de uma “sociedade nova”, no município de Palmeira – PR.
Rossi e seus companheiros, que se intitulavam "filósofos ácratas" chegaram, porém, ao Brasil depois de instaurada a república, e tiveram por isso de enfrentar as maiores dificuldades, de vez que o novo regime não reconhecia as concessões de terras antes outorgadas pela monarquia aos estrangeiros.
Rossi conhecera Carlos Gomes em Milão, por volta de 1888, e foi o músico brasileiro que o animou a dirigir-se a D. Pedro II.
O primeiro núcleo de libertários que vinha fundar a Colônia Cecília chegou ao Brasil em 18 de fevereiro de 1890. Vieram cheios de idealismo e acreditando na experiência anarquista, e uma oportunidade de aplicar os princípios socialistas à produção do coletivo, e nas relações pessoais e até às relações amorosas, que deveriam assentar no Amor Livre.
Transcorria o ano de 1893 quando uma inesperada epidemia de crupe atingiu os habitantes da Colônia Cecília, em pleno inverno, matando sete jovens, inclusive duas filhas pequenas de Rossi. Esse período coincide com o acirramento dos ânimos entre os anarquistas e a população local, depois da recusa dos párocos em permitir o enterro das meninas no cemitério de Palmeira. As autoridades da igreja alegavam que os italianos não seguiam orientação religiosa e não podiam, portanto, receber as exéquias cristãs. Rossi e seus amigos tiveram de improvisar um local para enterrar seus mortos e o cemitério, para sempre, seria conhecido como “o cemitério dos renegados”.
No ano de 1894, a Colônia Cecília chegava ao fim. Muitos de seus moradores migrariam para as cidades vizinhas em busca de melhores condições de vida, outros, partiriam para a Curitiba onde contribuíram para a formação dos primeiros movimentos operários da capital.
Rossi foi lecionar agronomia em Taquari RS. Transferiu-se depois para Santa Catarina, onde dirigiu a estação agronômica do estado, retornando à Itália em 1907, para retomar sua atividade profissional como vitivinicultor.
Em 1989 - Colônia Cecília foi uma minissérie brasileira exibida pela Rede Bandeirantes, escrita por Patrícia Melo e Carlos Nascimento, e dirigida por Hugo Barreto.
Foi nessa fase que o Brasil passou a receber maior fluxo de imigrantes europeus para colonizar as imensas áreas que permaneciam inexploradas, já que faltava mão-de-obra para trabalhar nas novas lavouras que se iniciavam nas regiões sul e sudeste.
Em 1889 por iniciativa jornalista e agrônomo italiano Giovanni Rossi, que havia pleiteado ao governo do império o estabelecimento de uma colônia experimental para os estrangeiros que fosse o núcleo inicial de uma “sociedade nova”, no município de Palmeira – PR.
Rossi e seus companheiros, que se intitulavam "filósofos ácratas" chegaram, porém, ao Brasil depois de instaurada a república, e tiveram por isso de enfrentar as maiores dificuldades, de vez que o novo regime não reconhecia as concessões de terras antes outorgadas pela monarquia aos estrangeiros.
Rossi conhecera Carlos Gomes em Milão, por volta de 1888, e foi o músico brasileiro que o animou a dirigir-se a D. Pedro II.
O primeiro núcleo de libertários que vinha fundar a Colônia Cecília chegou ao Brasil em 18 de fevereiro de 1890. Vieram cheios de idealismo e acreditando na experiência anarquista, e uma oportunidade de aplicar os princípios socialistas à produção do coletivo, e nas relações pessoais e até às relações amorosas, que deveriam assentar no Amor Livre.
Transcorria o ano de 1893 quando uma inesperada epidemia de crupe atingiu os habitantes da Colônia Cecília, em pleno inverno, matando sete jovens, inclusive duas filhas pequenas de Rossi. Esse período coincide com o acirramento dos ânimos entre os anarquistas e a população local, depois da recusa dos párocos em permitir o enterro das meninas no cemitério de Palmeira. As autoridades da igreja alegavam que os italianos não seguiam orientação religiosa e não podiam, portanto, receber as exéquias cristãs. Rossi e seus amigos tiveram de improvisar um local para enterrar seus mortos e o cemitério, para sempre, seria conhecido como “o cemitério dos renegados”.
No ano de 1894, a Colônia Cecília chegava ao fim. Muitos de seus moradores migrariam para as cidades vizinhas em busca de melhores condições de vida, outros, partiriam para a Curitiba onde contribuíram para a formação dos primeiros movimentos operários da capital.
Rossi foi lecionar agronomia em Taquari RS. Transferiu-se depois para Santa Catarina, onde dirigiu a estação agronômica do estado, retornando à Itália em 1907, para retomar sua atividade profissional como vitivinicultor.
Em 1989 - Colônia Cecília foi uma minissérie brasileira exibida pela Rede Bandeirantes, escrita por Patrícia Melo e Carlos Nascimento, e dirigida por Hugo Barreto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário