14 de abril de 1986 - Morre Simone de Beauvoir:
A mulher que mudou a mulher.
A mulher que mudou a mulher.
Fotografia de Art Shay de Simone de Beavoir em 1952
Simone Lucie Ernestine Bertrand de Beauvoir nasceu em Paris e foi professora de filosofia na Sorbonne.
Estreou na literatura com o romance A Convidada (1943).
Era casada com Jean Paul Sartre desde a década de 30, e, por algum tempo viveu à sombra de sua fama.
O reconhecimento só viria com a publicação de O Segundo Sexo (1949), que marcaria Beauvoir como o principal nome da literatura francesa do pós-guerra, na defesa dos direitos femininos.
A escritora também publicou:
3333333333Os Mandarins (1954),
1111111111A Força da Idade (1960) e
6666666666A Velhice (1970).
Após a morte do marido, lançou A Cerimônia do Adeus (1981), um relato sobre os últimos anos de Sartre.
Simone de Beauvoir viveu para desmentir o dito de Stendal de que todo gênio nascido mulher está perdido para a humanidade. No caso de Simone ela não apenas transformou-se em mulher, mas por sua vida, seu pensamento e suas lutas, transformou o próprio conceito de ser mulher.
Em agosto de 1960, Simone e Sartre visitam o Brasil, durante quase três meses (de meados de agosto a início de novembro). O convite havia sido feito por Jorge Amado e alguns intelectuais brasileiros, interessados na revolução cubana e em mostrar ao casal o que era um país subdesenvolvido.
Beauvoir e Sartre viajam pelo Brasil cobrindo doze mil quilômetros, tendo Jorge Amado como guia. No Rio de Janeiro, Simone faz uma conferência sobre a condição da mulher, enquanto Sartre fala sobre Cuba e a Argélia para salas repletas. Beauvoir e ele formam aos olhos de todos um bloco intelectual indivisível. Em Brasília, eles são recebidos pelo presidente Kubitschek.
Em São Paulo fazem uma conferência para a imprensa e concedem uma entrevista para a TV. O casal é abordado na rua, sobretudo pelos jovens, e suas fotografias podem ser vistas em todos os lugares.
Quando se preparavam para voltar, Lanzmann os avisa que em nenhuma hipótese eles deveriam pousar em Paris: Sartre estava ameaçado de morte, e Beauvoir também corria risco — tudo em virtude do Manifesto dos 121, e também pelo artigo sobre Djamila Boupacha. Os dois mudam o voo para Barcelona, e voltam a Paris por estradas secundárias. No fim das contas, as acusações sobre os manifestantes, dentre os quais Sartre, são retiradas e ninguém é morto ou preso, mas muitos perdem seus empregos.
Sobre esses eventos ha documentação e muitas fotos de Sartre e Beauvoir caminhando pelas ruas de Copacabana, bem como entrevistas realizadas pelos jornais e revistas da época – Manchete (RJ), O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo, dentre muitos outros.
Estreou na literatura com o romance A Convidada (1943).
Era casada com Jean Paul Sartre desde a década de 30, e, por algum tempo viveu à sombra de sua fama.
O reconhecimento só viria com a publicação de O Segundo Sexo (1949), que marcaria Beauvoir como o principal nome da literatura francesa do pós-guerra, na defesa dos direitos femininos.
A escritora também publicou:
3333333333Os Mandarins (1954),
1111111111A Força da Idade (1960) e
6666666666A Velhice (1970).
Após a morte do marido, lançou A Cerimônia do Adeus (1981), um relato sobre os últimos anos de Sartre.
Simone de Beauvoir viveu para desmentir o dito de Stendal de que todo gênio nascido mulher está perdido para a humanidade. No caso de Simone ela não apenas transformou-se em mulher, mas por sua vida, seu pensamento e suas lutas, transformou o próprio conceito de ser mulher.
Em agosto de 1960, Simone e Sartre visitam o Brasil, durante quase três meses (de meados de agosto a início de novembro). O convite havia sido feito por Jorge Amado e alguns intelectuais brasileiros, interessados na revolução cubana e em mostrar ao casal o que era um país subdesenvolvido.
Beauvoir e Sartre viajam pelo Brasil cobrindo doze mil quilômetros, tendo Jorge Amado como guia. No Rio de Janeiro, Simone faz uma conferência sobre a condição da mulher, enquanto Sartre fala sobre Cuba e a Argélia para salas repletas. Beauvoir e ele formam aos olhos de todos um bloco intelectual indivisível. Em Brasília, eles são recebidos pelo presidente Kubitschek.
Em São Paulo fazem uma conferência para a imprensa e concedem uma entrevista para a TV. O casal é abordado na rua, sobretudo pelos jovens, e suas fotografias podem ser vistas em todos os lugares.
Quando se preparavam para voltar, Lanzmann os avisa que em nenhuma hipótese eles deveriam pousar em Paris: Sartre estava ameaçado de morte, e Beauvoir também corria risco — tudo em virtude do Manifesto dos 121, e também pelo artigo sobre Djamila Boupacha. Os dois mudam o voo para Barcelona, e voltam a Paris por estradas secundárias. No fim das contas, as acusações sobre os manifestantes, dentre os quais Sartre, são retiradas e ninguém é morto ou preso, mas muitos perdem seus empregos.
Sobre esses eventos ha documentação e muitas fotos de Sartre e Beauvoir caminhando pelas ruas de Copacabana, bem como entrevistas realizadas pelos jornais e revistas da época – Manchete (RJ), O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo, dentre muitos outros.
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