quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Civilização Minoica

Afresco do Palácio Cnossos
A Civilização Minoica surgiu durante a Idade do Bronze Grega em Creta aproximadamente 1628 a.C. Foi redescoberta no começo do século XX durante as expedições arqueológicas do britânico Arthur Evans (1851-1941), devido ao lendário Rei Cretense, Minos. O historiador Will Durant refere-se a civilização como "o primeiro elo da cadeia europeia". Os primeiros sinais de práticas agrícolas não surgiram antes de 5 000 a.C., caracterizando então o começo da civilização.
O termo "minoico" foi cunhado por Arthur Evans e deriva do nome do rei mítico "Minos". Minos foi associado no mito grego do labirinto, que Evans identificou como o sítio de Cnossos.
Uma das características mais interessantes das ruínas de Cnossos, cidade situada em Creta, a maior ilha do Egeu, e que foi o centro da civilização minoica, é o fato de que os palácios e as cidades não são amuralhados. Isso transmite a ideia de uma civilização pacífica e sem rivais. O auge de Cnossos coincide com uma parte da história faraônica do Egito e com a civilização Assíria.
Os minoicos tinham certas cerimônias religiosas que ficaram retratadas em peças de decoração como cálices de metal. Elas retratam jovens, vinhas e bois. Estas características são um primeiro indício de ligação entre Creta e Atlântida, pois, segundo o documentário, Platão havia se referido cerimônias parecidas com aquelas retratadas naquelas peças.
O que é muito interessante é que na estética da arte deste povo, existe um ar de contemporaneidade. Sua expressão artística foi alegre, cheia de movimentos rítmicos e podemos até dizer, lúdica. A arte Cretense revelou uma concepção de beleza diferente: em lugar da estabilidade, da arte egípcia existe o ritmo, as ondas, ela é mais natural e suas formas têm balanço.
As cores fortes, como o vermelho, amarelo, azul e roxo foram suas paixões.
Toda a sua arte e as principais realizações deste povo apareceram e desapareceram abruptamente, provavelmente por forças externas sobre as quais os historiadores pouco sabem. Não se pode falar em crescimento ou desenvolvimento da civilização Minoica, pois ela simplesmente acabou, deixando a história sem continuidade. É isso que intriga e aguça a curiosidade!
O que pareceria muito divergente seria o fato, narrado por Platão, de que a civilização Atlântida havia desaparecido no mar em uma única noite. E isso não aconteceu com nenhuma parte da ilha de Creta. Mas aconteceu com a Ilha de Tera. Atualmente, essa outra ilha é um rochedo vulcânico, recoberto por cinzas de uma grande explosão que ocorreu durante a era minoica. As modernas escavações feitas no local revelaram traços muito semelhantes aos de Cnossos, indicando que os habitantes faziam parte da mesma civilização que dominava Creta durante aquela era. Mais do que isso, as construções de Tera se mostraram extremamente avançadas para os padrões da época: afrescos em quase todos os cômodos, fontes, água corrente no interior das casas. Assim como em Cnossos, as construções de Tera não revelaram o menor sinal de atividade militar. Os temas dos afrescos são cenas do cotidiano. A representação de animais africanos nesses afrescos mostra que Tera, assim como Cnossos, também deve ter mantido contato comercial com a África.
Essa civilização desenvolvida e pacífica, que possuía atividades religiosas onde o touro desempenhava papel central, é bastante assemelhada com o relato platônico da civilização Atlântida. Além disso, existem muitos registros de que a erupção que soterrou a ilha foi de proporções gigantescas. Existem relatos dos antigos escribas egípcios e chineses descrevendo as nuvens (certamente de origem vulcânica) que cobriram os céus no ano da erupção. Para que a tal nuvem tenha chegado até a China, sua causa tem que ter sido realmente catastrófica.
Também existem indícios de que os efeitos da erupção tenham chegado até a América do Norte. Na Califórnia existem pinheiros milenares cujo padrão de crescimento é alterado ao longo do ano devido à duração do dia. A cada ano, uma nova camada de madeira se forma nos pinheiros, que acabam servindo como um registro histórico de alterações climáticas. Precisamente na data provável da erupção no Egeu (aproximadamente século XVII antes de Cristo), os pinheiros registram uma redução de luminosidade fora de época, apontando para a provável influência da erupção em Tera.
A tese, portanto, é de que a lenda de Atlântida corresponde a uma narrativa um pouco distorcida dos acontecimentos passados em Tera. Mais ainda, é possível que o maremoto formado com a erupção tenha abalado seriamente a marinha mercante em Creta, contribuindo para a decadência relativamente rápida da civilização minoica.
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